Empresário traz da pós-graduação técnicas para melhorar desempenho da companhia

Eafael Hupsel/Folha Imagem

O empresário Leandro Japequino, que se inspirou para montar sua firma durante aula

MARIANA IWAKURA
DA REPORTAGEM LOCAL

Para melhorar o funcionamento da empresa, colocar ideias em operação ou profissionalizar a gestão, cursos de pós-graduação e de extensão na área de empreendedorismo tornaram-se opção comum entre dirigentes de companhias de pequeno e médio portes.
Voltar às salas de aula foi o caminho escolhido por João Carlos dos Santos, 43, para sanar algumas necessidades da Kimarc, empresa de produtos do lar de que é sócio.
Administrador de formação, ele queria aprofundar conhecimentos em logística, finanças e legislação. Escolheu o curso de empreendedorismo e gestão de pequenos negócios da Universidade São Judas Tadeu, com três semestres de duração.
Como resultado, estruturou um planejamento para implantar centros de distribuição no interior de São Paulo. "[Aprendi] como fazer um projeto e como agir para implantá-lo. Não é só montar um depósito -é preciso analisar custos, ver quem vai gerenciá-lo", assinala.
Célia Boiças, 40, sócia-diretora da Cealle Consultoria & Associados, buscou a especialização enquanto atuava em uma firma de logística e planejava abrir seu empreendimento.
O plano de negócios foi escrito durante o master em empreendedorismo e inovação do B.I. International. Com a base acadêmica, percebeu que o projeto feito anteriormente para a consultoria era um "sonho".
"Estava formando uma carteira de clientes de transportadores. Mas vi que deveria olhar os embarcadores, que são os grandes negócios. Eles iriam agregar mais valor", conta.

Investimento
Com custos variados -há cursos de curta duração por menos de R$ 10 mil e MBAs por R$ 25 mil ou mais-, o investimento nessa formação precisa ser avaliado pelo empresário.
Para Emerson Morais Vieira, consultor do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o empreendedor deve analisar se a grade curricular do curso atende às suas necessidades.
Vale também verificar com ex-alunos se o conteúdo das aulas é explanado somente de maneira teórica ou se envolve questões práticas.
"Muitos cursos têm "empreendedorismo" no nome, mas só ensinam a fazer um plano de negócios, atrelam-se às ferramentas", alerta Vieira. "Para isso, não é preciso fazer uma pós-graduação."
Elaino Kelson Teixeira Silva, 37, sócio-diretor da Jetsoft, de tecnologia da informação, decidiu focar os investimentos em cursos da área de atuação da empresa -recentemente, concluiu uma pós em engenharia de software. As aulas de gestão estão planejadas para depois.
"Vou procurar um curso mais curto, que alie o teórico à prática de mercado." Antes, diz, quer consolidar a parte operacional da companhia.


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