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PESO DO FRANQUEADO
Consultores ensinam investidores a pôr em evidência a rede da qual fazem parte
Empresários viram "mina de ouro"
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Atentas à importância estratégica de ter um franqueado mais
feliz, as marcas enchem de perguntas as consultorias especializadas. "Como treinar a rede para
chegar aos títulos" e "onde está o
erro que sempre afasta o troféu"
são as dúvidas campeãs.
"Uma medalhinha de honra ao
mérito pesa bastante para consumidores e novos investidores. O
franqueado é a engrenagem de
suporte. É ele quem leva a rede
para a frente e segura as pontas do
negócio", aponta a consultora
Ana Vecchi, da Vecchi & Ancona.
A consultoria finalizou em março deste ano um estudo inédito
que avalia o grau de satisfação de
350 franqueados com relação às
suas redes. Em 18 quesitos, os entrevistados deram notas de um a
cinco ao franqueador -a média
geral foi de 3,39, o que equivale a
67,8% de aproveitamento.
O estudo ajuda a responder as
dúvidas dos que querem agradar
aos franqueados. O ponto mais
falho, na visão dos investidores, é
o apoio nas questões mais burocráticas da gestão da unidade
franqueada (veja quadro).
Quando perguntados sobre
quais os tipos de suporte mais importantes, a maioria cita os programas para treinar os empregados das unidades, o desenvolvimento de produtos e serviços e a
existência de procedimentos operacionais claramente definidos.
Pesquisa divulgada pela ABF
neste ano revelou que 80% dos
entrevistados comprariam novamente a sua franquia. Já o índice
de performance da marca (satisfação dos franqueados em relação
a itens como lucratividade e retorno do investimento) foi de 64,2%,
o que mostra que, embora não estejam completamente satisfeitos,
15,8% não perderam a confiança
na rede que escolheram.
Olho de dono
"Além de ser um bom operador,
o franqueado deve olhar o negócio como se fosse realmente um
sócio da marca, e não o dono de
uma loja isolada", defende Tânia
Nahuys, diretora de franquias do
Spoleto (alimentação).
Para ela, é muito importante
que o investidor compareça às
reuniões da rede e interaja com o
franqueador. "O franqueado,
quando é participativo, fica mais
estimulado, compreende o sistema e passa a ter visão de grupo."
Segundo Ana Cuder, vice-presidente do CNA (idiomas), o ponto
mais importante para ajudar a rede a aparecer é responder às pesquisas. "A opinião do franqueado
é fundamental. É preciso ser claro
e direto nas respostas e mostrar
sua satisfação com consistência."
A executiva ressalta que o empresário deve ser sincero. "Ajudar
a marca não é mentir para ganhar,
é ser realista. Se os resultados não
forem tão bons, é porque algo deve melhorar, e o franqueador precisa desse termômetro."
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