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Passar unidade
adiante pode ser
boa alternativa
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Metade das reclamações encaminhadas à Comissão de Ética da ABF, segundo a instituição, são decididas com um
acordo para repasse da unidade franqueada.
A receita é simples: o franqueador ajuda o franqueado a
vender a unidade a outro empresário -ou pelo menos não
cria empecilhos e evita cobrar
multa por quebra de contrato
antes do prazo previsto.
Não há determinação legal
que obrigue a empresa a providenciar o repasse, alertam especialistas, mas o interesse do
franqueador, antes de tudo, é
evitar o fechamento da unidade. "Poucas empresas prevêem
o auxílio em sua Circular de
Oferta de Franquia, mas quase
todas acompanham a venda de
perto", ressalta Robinson Shiba, presidente da Comissão de
Ética da ABF e presidente da
rede China in Box.
Mas a solução não é milagrosa e não serve para todos os casos. "Se a discussão é sobre territorialidade ou sobre potencial
de mercado, por exemplo, não
adianta trocar o franqueado. O
problema vai continuar a existir", argumenta a advogada
Melitha Novoa Prado.
A transferência é uma solução sobretudo quando o franqueado não quer ou não tem
mais condições financeiras de
manter sua franquia.
Foi o que ocorreu com a advogada Luciana Marques de
Paula, 54, que, depois de oito
anos de operação, vendeu sua
unidade da Skill (idiomas) a
Viviane Galli Fortuna, 28, e Regiane Paris Gonçalves, 36. "O
negócio ia bem, mas exigia
muita dedicação", conta a advogada, que não precisou pagar taxas pela venda.
As compradoras também
acham que fizeram bom negócio. "Pegamos a unidade com
toda a clientela", afirma Fortuna. "Mas passamos pela seleção
do franqueador e pagamos taxa de franquia como todo
mundo", completa.
(BL)
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