São Paulo, domingo, 14 de julho de 2002


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Segmentação rende personagens para novos públicos

Mercado pulveriza as opções para licenciar

ROSANGELA DE MOURA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Com a ausência de fenômenos como "Bananas de Pijamas" e "Pokémon", o mercado de licenciamento hoje se estabiliza, cria um cardápio maior de opções de personagens e dá oportunidades de mais empresas se beneficiarem dessa ferramenta de marketing.
O setor de itens licenciados movimenta US$ 177 bilhões no mundo todo. No Brasil, segundo estimativa da Abral (Associação Brasileira de Licenciamento), o segmento arrecadou cerca de R$ 150 milhões em royalties durante o ano passado no varejo (confira opções no quadro).
Na Licensing 2002 International, maior feira do segmento, que ocorreu no mês passado em Nova York, foram exibidas mais de 5.000 propriedades, que já começam a desembarcar no Brasil.
Um exemplo é a tendência de tentar captar o estilo de vida das meninas a partir de sete anos: antenadas à moda, criativas, curiosas e com culturas diferentes.
É o caso das meninas "Charmosas e Perigosas", conceito de ilustrações criadas pelos estilistas Robert Reda e Susan Maillis, que focam meninas de 7 a 15 anos.
A Redibra passou a oferecer as personagens para empresas que atuam no ramo de papelaria, confecção, cuidados pessoais e acessórios e acaba de fechar uma parceria com a rede de lojas Renner.
Seguindo essa tendência internacional, a designer brasileira Cintia Cavalcanti criou "As Garotas do Brasil" e outras duas coleções denominadas "Mundo Infantil" e "Elementos", em que explora cores e o clima tropical nacional com traços próprios para crianças e adolescentes.
"Como esses personagens não têm exposição na TV e no cinema, vamos trabalhar com uma gama de produtos oferecidos no ponto-de-venda, em prateleiras ou em corners", explica Malu Moreira, diretora da Imagine Action. Os royalties variam de 7% a 10% para a utilização dessas ilustrações.


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