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GESTÃO
Informatizar caixas com programas especiais é
opção para pequenos varejistas obterem melhor desempenho
Computador ajuda a controlar estoques
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Quando a pequena varejista Lúcia Mitiko Morita decidiu informatizar o mercado Portal, na zona norte de São Paulo, ela estava
fugindo de um dos erros mais comuns do setor, segundo analistas:
o descaso pelos recursos tecnológicos no controle de estoques.
Morita investiu há sete anos
US$ 5.000 em cada um dos oito
caixas de seu mercado, substituindo as máquinas registradoras
por computadores com leitores
de código de barras e
programas que gerenciam melhor o negócio. As ferramentas
contribuíram para aprimorar
o fluxo de mercadorias.
Depois da mudança de equipamento, o sistema passou a emitir
relatórios de movimento de mercadorias, de faturamento e de
contas a pagar e a receber.
O faturamento cresceu 20%, e
Morita conseguiu recuperar, depois de um ano de informatização, perdas provocadas pela chegada de um concorrente.
Segundo consultores, para atingir sucesso similar, os pequenos
varejistas devem aproveitar melhor a informática.
"Os donos desses negócios ainda gerem a reposição de mercadorias com base na intuição. Isso
os leva a encomendar um produto quando ele já está em falta, o
que ocasiona rupturas [falhas no
abastecimento das gôndolas]",
diz José Augusto Domingues, diretor da Sense Envirosell Brasil,
que estuda consumidores.
Bons resultados
Para o coordenador do Comitê
de Reposição Eficiente da Associação ECR Brasil, Alvaro Carvalheira, as falhas de abastecimento
podem ser reduzidas em cerca de
30% com a adoção de sistemas
automáticos para reposição.
O diretor administrativo da catarinense Megasul Informática,
Ingo Tiergarten, afirma que equipar um mercado consome menos
hoje. Segundo ele, a automação
completa de um caixa custa US$
3.200 (R$ 10.112), já incluindo os
gastos com o treinamento.
A Megasul, empresa especializada em desenvolver softwares de
gestão comercial, costuma recomendar a instalação de um caixa
automatizado a cada 100 metros
quadrados de área de venda. A estratégia foi adotada, por exemplo,
no mercado de Lúcia Morita. Sua
loja tem 800 mē, cerca de 12 mil
itens, cinco caixas rápidos e três
convencionais.
A empresária, também presidente da rede Supervizinhos (que
congrega 47 mercados de vizinhança independentes), emprega
36 funcionários.
(GISELE MORAES)
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