São Paulo, domingo, 15 de setembro de 2002


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GESTÃO

Informatizar caixas com programas especiais é opção para pequenos varejistas obterem melhor desempenho

Computador ajuda a controlar estoques

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Quando a pequena varejista Lúcia Mitiko Morita decidiu informatizar o mercado Portal, na zona norte de São Paulo, ela estava fugindo de um dos erros mais comuns do setor, segundo analistas: o descaso pelos recursos tecnológicos no controle de estoques.
Morita investiu há sete anos US$ 5.000 em cada um dos oito caixas de seu mercado, substituindo as máquinas registradoras por computadores com leitores de código de barras e programas que gerenciam melhor o negócio. As ferramentas contribuíram para aprimorar o fluxo de mercadorias.
Depois da mudança de equipamento, o sistema passou a emitir relatórios de movimento de mercadorias, de faturamento e de contas a pagar e a receber.
O faturamento cresceu 20%, e Morita conseguiu recuperar, depois de um ano de informatização, perdas provocadas pela chegada de um concorrente.
Segundo consultores, para atingir sucesso similar, os pequenos varejistas devem aproveitar melhor a informática.
"Os donos desses negócios ainda gerem a reposição de mercadorias com base na intuição. Isso os leva a encomendar um produto quando ele já está em falta, o que ocasiona rupturas [falhas no abastecimento das gôndolas]", diz José Augusto Domingues, diretor da Sense Envirosell Brasil, que estuda consumidores.

Bons resultados
Para o coordenador do Comitê de Reposição Eficiente da Associação ECR Brasil, Alvaro Carvalheira, as falhas de abastecimento podem ser reduzidas em cerca de 30% com a adoção de sistemas automáticos para reposição.
O diretor administrativo da catarinense Megasul Informática, Ingo Tiergarten, afirma que equipar um mercado consome menos hoje. Segundo ele, a automação completa de um caixa custa US$ 3.200 (R$ 10.112), já incluindo os gastos com o treinamento.
A Megasul, empresa especializada em desenvolver softwares de gestão comercial, costuma recomendar a instalação de um caixa automatizado a cada 100 metros quadrados de área de venda. A estratégia foi adotada, por exemplo, no mercado de Lúcia Morita. Sua loja tem 800 mē, cerca de 12 mil itens, cinco caixas rápidos e três convencionais.
A empresária, também presidente da rede Supervizinhos (que congrega 47 mercados de vizinhança independentes), emprega 36 funcionários. (GISELE MORAES)


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