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em foco
representação comercial
Busca pela atividade cresce no país, diz especialista
Escolha de produtos é determinante para se fixar no mercado
MARIA CAROLINA NOMURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Nem indústria, nem varejo. A
possibilidade de fugir dos gastos com matéria-prima ou com
um ponto-de-venda tem levado
empresários para o ramo da representação comercial.
É o que indicam dados do
Conselho Regional dos Representantes Comerciais do Estado de São Paulo. Segundo a entidade, cerca de 10 mil pessoas
buscaram o auxílio do conselho, em 2006, dispostas a abrir
uma empresa nessa área.
"O crescimento do número
de firmas nesse segmento tem
sido significativo", enfatiza o
presidente do conselho, Arlindo Liberatti. O órgão, assinala,
conta com cerca de 90 mil empreendimentos registrados.
Para ingressar nesse setor,
no entanto, não basta o contato
com indústrias. É preciso fazer
pesquisas para identificar nichos pouco explorados e aceitação de produtos, sinaliza Jaime
Akila Kochi, consultor de comércio exterior do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Os itens a serem vendidos,
avaliam os especialistas, são o
ponto-chave do negócio.
Dificuldade
"A dificuldade de se posicionar nesse mercado é que muitos profissionais representam
commodities, produtos sem valor agregado", explica o empresário Sérgio Lucci, proprietário
da Polycarpet, que representa
cinco fábricas internacionais.
O indicado, completa Liberatti, "é representar uma empresa que tenha produtos de
maior aceitação no mercado".
O empresário Paulo Akiau já
conhecia o potencial do setor
de academias de ginástica antes
de investir na representação
comercial. Organizador de feiras do segmento, detectou a
oportunidade de lançar filmes
de programas de exercícios físicos pré-coreografados.
Contatado pela Les Mills, firma neozelandesa, fundou a Bo-dy Systems para representá-la.
"Comecei sozinho, com apenas um telefone. Hoje, o faturamento ultrapassa os R$ 4 milhões anuais", assinala Akiau.
Para empresas que atuam em
outros setores, a representação
comercial pode ajudar a impulsionar imagem e vendas, destaca o gerente de marketing da
Controle Net, Júlio Esteves.
A firma, da área de informática, passou a representar produtos importados no Brasil. "O faturamento aumentou 300%
em três anos", afirma.
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