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BRINDE AOS CLIENTES
Adoção de táticas requer pesquisa
Serviço precisa condizer com o grau de sofisticação do negócio e deve ser divulgado
DA REPORTAGEM LOCAL
Criatividade é o que não falta
ao empreendedor brasileiro,
principalmente quando o objetivo é driblar uma crise que afeta diretamente o bolso.
Mas, mesmo para ser criativo, é preciso ter critério, segundo o coordenador do curso de
pós-graduação em marketing
de serviços da ESPM (Escola
Superior de Propaganda e Marketing), Edson Crescitelli.
"É preciso fazer uma pesquisa com os clientes, mesmo que
informal, para saber o que querem de serviço no bar", afirma.
"O grau de sofisticação da
medida deve ser condizente
com o grau de sofisticação do
negócio", complementa João
Paulo Siqueira, professor de
marketing da Trevisan Escola
de Negócios.
Para Siqueira, se o cliente
paga uma conta de R$ 20, não
quer ter um gasto igual para
usar o serviço de ser levado em
casa oferecido pelo bar. "Por
isso, planejar as ações e calcular
o seu custo é fundamental", diz.
Caso o empresário tenha
feito convênios com pontos de
táxi para a corrida sair mais
barata ou tenha algum tipo de
promoção para os abstêmios,
é importante que isso seja
divulgado no site do bar, segundo Antônio Cosenza, professor
de marketing da Fundação
Getulio Vargas.
Em cadeia
Enquanto os donos de bares
e restaurantes já estão pensando em como reverter o quadro
de mesas vazias, pequenos
fornecedores de bebida ainda
estão no vermelho.
Na Costi Bebidas, a venda de
destilados caiu 26%. A de vinho, 24%, e a de cerveja, 32%.
"Os pedidos de água e refrigerante subiram 27%. Ainda assim, tivemos prejuízo", diz o
proprietário Cláudio Costi, 40.
Para aumentar a clientela,
Costi está tentando firmar parcerias com empresas de eventos e focar no consumidor final.
Os taxistas tampouco estão
comemorando. Segundo Ricardo Auriemma, presidente da
Associação das Empresas de
Táxi de Frota do Município de
São Paulo, aumentou o número
de corridas, mas não o faturamento. "As pessoas vão de táxi
a locais próximos a suas casas."
Mas, apesar da aparente crise
no setor de bebidas, Antônio
Cosenza, da FGV, diz acreditar
que o momento é de ajuste de
comportamento. "Até o final do
Carnaval, a situação estará normalizada, porque as bebidas
alcoólicas nunca vão deixar de
ser consumidas, principalmente em celebrações como Natal e
Ano Novo."
(MCN)
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