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Situações críticas na empresa exigem formação de
equipes diferenciadas e com metas definidas, dizem especialistas
Força-tarefa ajuda a superar os impasses
FREE-LANCE PARA A FOLHA
De repente chega o momento
de a empresa dar um passo decisivo. É a hora de investir pesado em
maquinário ou instalações, de
contratar alguém com função-chave, de implantar um projeto
de modernização tecnológica ou,
então, de reestruturar setores para melhorar o ritmo de trabalho.
Para lidar com essas situações
extraordinárias, muitas empresas
apelam para um recurso igualmente especial: as "task forces".
O termo em português significa
"força-tarefa", ou seja, um grupo
de pessoas de diferentes áreas que
atuam juntas, mas com certa independência, para buscar soluções para problemas específicos.
Segundo o diretor-geral da Nicholson Consulting do Brasil,
Leonel Mendonça, existe uma
"tendência de dissolução de hierarquias e fortalecimento das forças-tarefa" no mercado mundial.
Mendonça afirma que a idéia de
trabalhar com equipes para executar projetos -e não para desempenhar funções mecânicas e
repetitivas- "oferece mais flexibilidade às empresas, ajudando a
vencer os concorrentes".
O holandês Victor Pinedo,
consultor e autor do livro "Tsunami - Construindo Organizações
Capazes de Prosperar em Maremotos" (ed. Gente, R$ 34,90),
completa: "Um dia, as organizações não terão mais departamentos, mas serão estruturadas por
equipes com metas específicas".
Faça você mesmo
O gerente de qualidade do grupo Catho, Renato Scher, indica os
primeiros passos para quem quer
montar uma força-tarefa -recurso mais recomendado às médias e às grandes empresas.
Antes de mais nada, identifique
qual é o obstáculo a ser superado
e, então, estruture uma equipe
apropriada. Se a questão é contratar um executivo fundamental,
por exemplo, envolva as áreas de
recursos humanos e financeira,
além de funcionários que trabalharão com o contratado.
Na formação da equipe em uma
empresa de maior porte, por
exemplo, às vezes é melhor envolver gerentes do que diretores.
Procure atentar para a competência técnica e a capacidade de comunicação de cada um, e não para a sua posição hierárquica.
Dê autonomia para que decisões de nível operacional sejam
implantadas, mas não as de caráter estratégico para a empresa.
Segundo os especialistas, também é preciso estabelecer metas e
prazos, mas sem deixar de ser flexível. O resultado de uma força-tarefa pode demorar até seis meses para aparecer.
(RE)
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