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ECONOMIA
Pesquisa recém-divulgada pelo Sebrae compara
desempenho das empresas nos meses de fevereiro de 2003 e de 2004
Faturamento de micro e pequenas caiu 17,9 %
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O faturamento real das micro e
pequenas empresas do Estado em
fevereiro deste ano caiu 17,9% em
comparação com fevereiro de
2003. Foram R$ 3,2 bilhões a menos. Os dados são de pesquisa divulgada pelo Sebrae-SP (Serviço
de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas de São Paulo). Foram
consultadas 2.703 empresas de
micro e pequeno porte nos setores de serviços, comércio e indústria de transformação.
"Mesmo considerando que neste ano fevereiro teve menos dias
úteis, a queda surpreende bastante. Isso é reflexo do fraco desempenho da economia. As pequenas
sofrem com isso", analisa o diretor-superintendente do Sebrae-SP, José Luiz Ricca.
Apesar de registrar a queda no
faturamento, a pesquisa traz dois
dados positivos: nas pequenas, o
pessoal ocupado se manteve estável (não houve fechamento de vagas), e os salários aumentaram
4,1%. Para Ricca, no entanto, trata-se de um esforço de sustentação. "As empresas estão chegando ao seu limite de manutenção.
Se não houver mudanças [no faturamento], haverá queda na
massa salarial e demissões."
De acordo com ele, a atual estabilidade do quadro de funcionários é um indício de que as empresas estão aguardando uma definição das tendências da economia.
O aumento dos gastos com a folha
de pagamento é explicado pelos
dissídios trabalhistas realizados
no final do ano passado.
O setor mais sacrificado foi o
comércio, que teve diminuição de
20,6% no faturamento e aumento
de 9,2% nos gastos com salários.
A indústria faturou 11,2% menos,
e os serviços, 19,3% menos.
As micro e pequenas, de acordo
com o Sebrae-SP, representam
99% das empresas existentes no
Estado de São Paulo e respondem
por 67% do pessoal ocupado no
setor privado.
(BRUNO LIMA)
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