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GESTÃO
Nova associação pretende reunir empreendedores para trocarem experiências sobre gestão
Clube promete auxílio a empresários
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Uma associação que reúna e organize micro e pequenos empresários ou interessados em entrar
no mundo dos negócios. Essa é a
proposta do Clube do Empreendedor, lançado neste mês em São
Paulo, durante evento da ONG
(organização não-governamental) Endeavor, que busca fomentar o empreendedorismo nos países em desenvolvimento.
O clube promete trazer aos associados palestras e workshops
para ensinar como gerir um negócio. Ser sócio custa R$ 69 por mês
(veja quadro ao lado).
"As escolas não colocam empreendedores no mercado. Elas
só preparam o profissional para
procurar emprego. Sabemos que
o brasileiro tem esse espírito empreendedor, mas não tem suporte", diz o diretor Wilson Trevisan.
Segundo ele, que também é pequeno empresário, o começo de
um negócio é justamente o período em que mais se precisa de
apoio e quando há menos verba
para investir em treinamento, justificando a alta mortalidade das
empresas nos primeiros anos.
O diferencial do clube, de acordo com o idealizador, está na promoção de redes de relacionamento. "Queremos entrosar os associados para que troquem experiências, façam parcerias ou mesmo negócios", diz Trevisan.
Atrativo
Foi esse um dos principais fatores que levou Flávio Fausano, dono de uma empresa de armazenagem de produtos, a se associar ao
clube. "É muito importante trocar
experiências com quem já teve os
mesmos problemas. No começo
do negócio, temos de decidir sozinhos, quebrando a cabeça", diz.
Outro benefício que o interessou foi a Clínica de Negócios, uma
espécie de consultoria em que o
empreendedor esclarece suas dúvidas com outro empresário mais
experiente, mas que também já
errou e teve problemas de gerenciamento similares.
"O melhor consultor para o
pequeno empreendedor é outro
pequeno empreendedor", afirma
Fernando Dolabela, especialista
na área e que há cerca de três anos
montou em Minas Gerais, Rio e
Paraná um clube nos mesmos
moldes do recém-lançado em São
Paulo. Nenhum deles deu certo.
Dolabela afirma que a questão
cultural foi o principal fator que
levou a iniciativa a não crescer.
"No Brasil, os micro e pequenos
empresários não têm a cultura de
se associarem para cooperar entre
si. Todos acham a idéia boa, comparecem no início, mas não assumem sua parte."
(ISABEL CASTRO)
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