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RAIO X
Apesar do "céu de brigadeiro" no segmento, a competitividade é grande, e o retorno, demorado
Azul é a cor do setor de serviços
Os especialistas são unânimes: serviços é
o setor da economia que mais cresce no
Brasil. Dados do IBGE (Fundação Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) deste
ano revelam que sua representatividade
no PIB (Produto Interno Bruto) é de 58%.
Traduzindo: a participação em valores de
todo bem ou serviço produzido dentro do
país supera a da indústria e a do comércio.
Em Santa Catarina, 40,1% da população
que exerce algum tipo de atividade remunerada trabalha com serviços, sendo que
98,8% em micro e pequenas empresas.
No segmento de franquias, o faturamento no setor de serviços saltou de R$ 4,9 bilhões, em 2000, para R$ 5,1 bilhões, em
2001. André Friedheim, diretor da ABF
(Associação Brasileira de Franchising), justifica o crescimento na profissionalização
das empresas. "O Brasil está saindo de uma
cultura amadora, como a das antigas lavanderias de famílias, por exemplo, para oferecer serviços sérios, de qualidade, e o consumidor está atento a isso."
Armando Lourenzo, professor da FIA/
USP (Fundação Instituto de Administração
da Universidade de São Paulo), diz que está
em alta todo tipo de serviço que facilite a vida de quem trabalha fora. Já Paulo Sandroni, da PUC (Pontifícia Universidade Católica), diz que "o empreendedor precisa identificar um nicho pouco explorado, como,
por exemplo, serviço funerário para animais de estimação". Ambos ressaltam a importância de ter capital. "A competitividade é muito grande, e o empreendedor tem
de primeiro investir para depois ganhar."
O pesquisador Claudio D'Ipolitto, da
UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), lembra que o setor de serviços é
muito amplo (de atividades simples, como
limpeza, até de conhecimento específico,
como consultoria). "A pessoa tem de ver se
o negócio que ela quer abrir tem mercado,
se ela vai inovar. É um setor promissor,
mas isso não significa sucesso garantido."
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