São Paulo, domingo, 22 de setembro de 2002


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NEGÓCIOS

Oportunidades para subcontratados reúnem-se em áreas como alimentação, limpeza e segurança

Prestar serviço é opção para pequenos

Fernando Moraes/Folha Imagem
Os sócios Bruno Stemposki (esq.) e Guilherme Dalpian, que atuam como consultores em tecnologia


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Pôr sua empresa para trabalhar para outras companhias é uma alternativa interessante em tempos de terceirização. Os principais focos de atuação se concentram em áreas como as de alimentação, de limpeza e de segurança.
Em busca de corte de gastos, as companhias repassam esses segmentos para alguém fazer no lugar delas. É nesse momento que se criam as oportunidades para os prestadores de serviço.
Os clientes potenciais desses empreendedores não são apenas as grandes corporações. As pequenas e médias também subcontratam outras empresas para realizar serviços diversos.
Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas Terceirizáveis e Trabalho Temporário (Asserttem), 70% das empresas médias já utilizam algum tipo de serviço terceirizado. Os 30% restantes representam campo de expansão (veja exemplos de oportunidades no quadro ao lado).
"Entre as pequenas, também há mercado, mas o empreendedor deve saber que vai encontrar a concorrência desleal dos informais", alerta Ermínio de Lima Neto, presidente da Asserttem.

Buscando espaço
Na limpeza, tradicional atividade terceirizada, que cresceu 20% no ano passado, a maior parte das companhias de peso já tem grandes prestadoras de serviços.
"As novas empresas de limpeza devem buscar pequenas e médias e novos nichos para ficar no mercado", diz Ricardo Monteiro da Silva, presidente da Associação Brasileira do Mercado Institucional de Limpeza (Abralimp).
O setor é um gigante do mercado de terceirizadoras, com faturamento de R$ 5 bilhões por ano. De acordo com a Abralimp, a estratégia mais indicada é a especialização dos serviços (veja orientações no quadro da pág. 3).
Entre as opções para prestadores de serviços, está o fornecimento de alimentos. Um nicho é servir refeições e lanches em escolas.
O diretor-superintendente da Associação Brasileira de Refeições Coletivas (Aberc), Antônio Guimarães, avisa que entrar nesse tipo de mercado exige administração rígida. "A margem de lucro é muito pequena, e o empresário precisa ter grande cuidado na composição dos custos para não enfrentar prejuízos."

Requisitos
Só no ano passado, o mercado de segurança movimentou R$ 8,2 bilhões no país. Mas a seleção para entrar como fornecedor de serviços terceirizados na área é dura e já começa no investimento. Por lei, o capital mínimo tem de ser de R$ 164 mil (100 mil Ufirs).
Uma dica é ter como público-alvo o pequeno e o médio varejo. Segundo José Jacobson Neto, presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Eletrônica e Cursos de Formação de São Paulo, começar pelo comércio é boa alternativa porque há menos exigências.(FLÁVIA MARREIRO)


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