São Paulo, domingo, 23 de outubro de 2011 |
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FEIRA 1 Amazônia congrega técnicas inovadoras Reunião de pequenos empreendimentos sustentáveis de 9 Estados busca socializar experiência e aproximar cliente FELIPE GUTIERREZ ENVIADO ESPECIAL A PALMAS (TO) Uma rodada de negociações entre 91 pequenas e médias empresas com 20 potenciais clientes do país inteiro foi um dos destaques do 7º Amazontech, programa de incentivo à inovação nos Estados da Amazônia Legal. O evento, que ocorreu de 18 a 22 de outubro em Palmas (TO), atraiu pequenos empresários de nove Estados (Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) que, segundo o coordenador-geral, Gilberto Noleto, atuam com inovação e propostas de sustentabilidade. A expectativa de Paulo Massuia, 47, diretor-superintendente do Sebrae-TO (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), era a de que os contratos somassem R$ 5 milhões. Luiz Barreto, presidente do Sebrae Nacional, avalia que a Amazônia Legal "tem características próprias". "É fundamental que haja esforço para socializar experiências." INOVAÇÃO Uma delas é a da Modular, empresa de Porto Nacional (a 69 km de Palmas), que desenvolveu um concreto que reduz a temperatura ambiente da construção em até 4ºC, segundo o coordenador de pesquisa da empresa Harry Hamming, 31. O produto, diz, tem apelo em regiões quentes. Para chegar a esse resultado, elementos tradicionais de construção, como brita e seixo, são trocados por farelo de isopor na composição de paredes pré-fabricadas. Leopoldo Curado, 57, dono da empresa, salienta as qualidades "verdes" da técnica. "Tiramos um produto que iria para o lixo e o transformamos em matéria-prima", explica. Outras empresas representadas no evento buscam desenvolver produtos do filão ambientalmente correto, como a J. Demito, que vende calcário dolomítico -químico que corrige a acidez da terra. Por anos, os produtores rurais abandonaram solos esgotados e desmataram áreas com alto potencial produtivo. "O Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] está 'em cima', não é possível abrir mais novas áreas", afirma Eric Curado, 31, gerente de marketing. Por isso, diz, a procura pelo produto deles deve aumentar. O jornalista viajou a convite do Sebrae-TO Texto Anterior: Custos de logística e ampliação de escala devem ser planejados Próximo Texto: Feira 2: Encontro de grandes e microempresas alavanca parcerias Índice | Comunicar Erros |
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