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CAPA
Serviço de empresa júnior exige a orientação de professores atualizados
Experiência é fator central na escolha
FREE-LANCE PARA A FOLHA
As empresas juniores cuidam
de pontos que vão dos problemas
financeiros à gestão de pessoal.
Fazem projetos e pesquisas de
mercado com orientação dos professores, e algumas chegam a implementar as sugestões.
Entretanto, diferentemente de
consultorias de maior porte, as juniores podem deixar a desejar no
quesito experiência. Segundo
consultores, ao analisar o perfil de
cada uma, deve-se checar se ela
tem apoio dos professores e se
está atualizada com o mercado.
Julio Campos, 49, sócio-gerente
da Estúdio Flux (brindes para
eventos), resolveu arriscar. Com
problemas na área financeira,
gastou R$ 2.000 em softwares de
gerenciamento de finanças.
Não deu certo, e ele procurou a
Consultoria PUC Júnior (da Pontifícia Universidade Católica). Investiu R$ 3.600 na elaboração de
um projeto de três meses que está
em implantação. Pagar menos foi
importante, porém ele buscou a
eficiência. "O custo é um atrativo,
mas a universidade deve estar em
compasso com o mercado."
Pequenos problemas
Luís Fernando Araújo, 32, sócio-diretor da Retoque Assessoria
e Comunicação, aprovou os resultados obtidos com os juniores.
Apesar do crescimento da empresa, pequenos problemas se
acumulavam, das finanças à gestão de pessoas. Ele procurou a
Empresa Júnior FGV e gastou R$
5.000 para descobrir que faltava
planejamento estratégico.
Com o diagnóstico em mãos,
traçou um plano com metas a serem atingidas em cinco anos.
Mas nem sempre são os problemas que motivam a procura por
assessoria. Eres Chelon recorreu à
FEA Júnior USP (da Faculdade de
Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São
Paulo) para desenvolver um projeto de franquia para sua empresa
de massagem rápida.
Ele diz que sondou com amigos
o preço de outras consultorias e
optou pela empresa júnior por ser
uma opção mais econômica. O
custo do projeto foi de R$ 8.600.
O preço, entretanto, não é o
ponto positivo mais ressaltado.
"Os alunos se envolvem com o
projeto, e o apoio dos professores
compensa a inexperiência."
Plano na cabeça
Há soluções acessíveis para viabilizar o negócio mesmo quando
a necessidade do empreendedor
vai além da consultoria.
Wanderley Schmitt Campos,
37, iniciou em 1996 uma empresa
de desenvolvimento de softwares
de gestão empresarial, a CRM Solutions. Apesar de ter captado R$
1 milhão com investidores para a
expansão, sentiu que não tinha
vendas suficientes para sobreviver a crises e que precisava aprimorar o plano de negócios.
Aprovado na seleção da Endeavor, conseguiu elaborar seu plano, atraiu 12 possíveis investidores e acabou se tornando sócio da
Datasul. "Pudemos investir no
nosso sonho de vender também
no mercado externo", afirma.
Com um plano na cabeça, mas
sem infra-estrutura ou capital para investir, Laura Oliveira, sócia-diretora da ProLine (produção de
material para implante ósseo),
procurou uma incubadora.
Depois de um ano e meio no
Cietec, a empresa coleciona 1.500
dentistas como clientes e 18 distribuidores de seu produto no país.
"Com essa associação, os primeiros contatos comerciais foram
bastante receptivos."
(BMF)
Fejesp (Federação das Empresas
Juniores do Estado de São Paulo):
www.fejesp.org.br.
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