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"O empresário é o nosso governante"
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Com trabalho em uma fábrica instalada na penitenciária
José Parada Neto, em Guarulhos, Amauri Borges da Silva,
43, pensa nos outros presos
que não têm a mesma chance.
"Tem mais de 600 pessoas só
aqui [na penitenciária] pedindo pelo amor de Deus para sair
do pavilhão e trabalhar." O que
falta? Ele mesmo responde: "O
empresário precisa de incentivo. Ele é a nossa chance, o nosso pai, é o nosso governante. Se
depender só dos políticos, não
vamos ter nada nunca".
Preso por roubo em 1991,
Silva fugiu quando chegou ao
regime semi-aberto. Cometeu
outro crime e acabou sendo
baleado, o que lhe custou o
movimento das pernas.
A fatalidade, o estudo e o trabalho foram os instrumentos
da recuperação, conta ele. De
volta à prisão, aprendeu a ler e
a escrever, concluiu o ensino
fundamental e, depois, o ensino médio. "Também aprendi o
valor do trabalho. Quanto mais
vagas de emprego, menos gente volta para a cadeia." (BL)
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