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ESTRUTURA CARA
Quiosque é opção para diminuir custos
Gastos reduzidos são balanceados com espaços mais comprimidos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quando Mariangela Blois,
43, decidiu abrir em um shopping a loja de roupas infantis
que leva seu nome, ainda não
tinha certeza de que o negócio
seria rentável e, portanto, não
estava disposta a assumir todos
os custos necessários.
Decidiu-se por um modelo
mais barato do que o de uma
loja: abriu um quiosque no
Shopping Pátio Paulista. Nesse
modelo, gastos com aluguel e
condomínio são menores.
Menor também era o espaço
em que funcionava seu negócio
-eram 4 m2 para ocupar com
mostruário, estoque e dois funcionários. "A gente "vestia" o
quiosque", brinca Blois.
O sucesso do empreendimento fez com que, um ano depois, a empresária se sentisse
confiante para abrir uma loja.
Apesar do preço do condomínio, que considera alto, diz
ser recompensada pelos confortos e pela segurança de ter
quatro paredes e um teto.
A história de Blois é semelhante à de Cláudia Schemidt,
40, que, proprietária de um
quiosque, resolveu abrir uma
loja, com a qual calcula que vai
ter três vezes mais gastos.
A diferença é que Schemidt,
dona do Gipsy Queen (que vende artigos orientais, como roupas indianas) vai manter o
quiosque funcionando.
"Na loja, consigo ter melhor
visualização dos meus produtos e expor artigos maiores."
Mas não abre mão de algumas vantagens do quiosque,
como o ambiente mais informal. "Atrai as pessoas que
ficam acanhadas ao entrarem
em uma loja ou que estão com
pressa", afirma.
Na planta
O primeiro passo para abrir
um negócio em um shopping
-seja o modelo de quiosque,
seja uma loja- é uma boa negociação, sugere Marcos Hirai, diretor de pontos comerciais do
Grupo Cherto.
Com o diálogo, pode ser possível escolher um bom ponto e
ter abatimento nos custos de
aluguel e de condomínio, por
exemplo. "Mas não é tarefa
para amadores", frisa.
Além de negociar bem, para
João Paulo Lara de Siqueira,
professor de pesquisa de mercado na Trevisan Escola de
Negócios, é importante o
empresário ter cuidado ao
escolher o shopping em que vai
abrir a loja.
Esse cuidado deve ser ainda
maior se o shopping em questão ainda está na planta. "Pode
haver mudança de público ou
de enfoque, e as multas de contrato podem sair caras", diz.
Hirai completa sugerindo
que, no caso de o shopping ser
um fracasso comercial, o empresário tem seu espaço desvalorizado. "É como uma loteria,
uma bolsa de valores", afirma.
Para ele, porém, há também
vantagens ao escolher abrir um
negócio em um shopping ainda
em construção. "O empresário
tem mais liberdade para escolher o ponto e para parcelar o
valor da luva, e os preços são
menores", diz.
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