São Paulo, domingo, 02 de março de 2003 |
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A evolução do "Erramos"
A tabela ao lado mostra a evolução do número absoluto de retificações publicadas anualmente no jornal desde 1998 e, também, por meio de um índice, da média por página editorial. Ela se baseia em levantamento feito pelo Banco de Dados da Folha a partir da seção "Erramos", na pág. A3 (edição SP/DF), que começou a ser publicada em janeiro de 1991 como expressão do compromisso do jornal com a transparência. Em 2002, 66% das 1.039 correções contabilizadas se referiam a erros de informação. Em segundo lugar, bem abaixo (10%), estão os referentes a programação (TV, cinema, espetáculos). O jornal não tem como norma retificar todos os eventuais erros gramaticais. É difícil afirmar se todos os erros cometidos diariamente são de fato corrigidos (supõe-se que alguns, por vezes, nem cheguem ao conhecimento da Redação). Mas a curva da média de correções por página editorial (que toma o ano de 1998 como base 100) mostra oscilações pequenas, expressando, em princípio, a disposição do jornal de aplicar determinação de seu "Manual" segundo a qual "a Folha retifica, sem eufemismos, os erros que comete". Se às vezes demora para fazê-lo, é outra questão. Por outro lado, ela pode expressar, também, em tese, que, apesar dos esforços em sentido contrário, continua-se a errar bastante, com regularidade. No ano passado, a média diária de correções, segundo o levantamento, foi 2,85, ante 3,45 em 1998 (ano em que, é necessário precisar, o jornal teve 18% de páginas editoriais a mais). Texto Anterior: Grampo e privilégio Índice Bernardo Ajzenberg é o ombudsman da Folha. O ombudsman tem mandato de um ano, renovável por mais dois. Ele não pode ser demitido durante o exercício do cargo e tem estabilidade por seis meses após o exercício da função. Suas atribuições são criticar o jornal sob a perspectiva do leitor -recebendo e verificando as reclamações que ele encaminha à Redação- e comentar, aos domingos, o noticiário dos meios de comunicação.
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