São Paulo, domingo, 26 de setembro de 2004

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SERVIÇO

Um ombudsman na TV

A TV Cultura de São Paulo tem, desde sexta, um ombudsman para receber críticas e sugestões dos telespectadores, e para fazer suas próprias observações sobre a programação da emissora e das rádios Cultura AM e FM.
A primeira crítica do jornalista Osvaldo Martins, primeiro ombudsman da televisão brasileira, pode ser lida em www.tvcultura.com.br.
Martins terá um mandato de um ano, renovável por mais dois. Na apresentação da nova instituição, Marcos Mendonça, presidente da Fundação Padre Anchieta, que controla a emissora, informa que "a independência do ombudsman é garantida por uma cláusula contratual que impede a sua demissão ou substituição. Suas observações e comentários, a partir de hoje, têm uma única subordinação: ao direito do telespectador a uma televisão de qualidade".
É um bom sinal.
A Folha foi o primeiro jornal brasileiro a adotar a função, em 1989. Até hoje, são pouquíssimos os meios de comunicação no Brasil que têm ombudsman ou ouvidor. No levantamento que fiz, provavelmente incompleto, identifiquei apenas seis empresas, incluindo a Folha e a TV Cultura
Como tenho dito, há uma pressão forte, crescente e saudável da sociedade por qualidade de informação, equilíbrio e pluralidade nos meios de comunicação. A instituição do ombudsman, seja pela função de ouvir o cidadão, seja pelo exercício da crítica, é um dos caminhos possíveis para sensibilizar e pressionar as redações. Pode melhorar a qualidade do jornalismo que praticamos? Espero que sim.
A seguir, a relação das empresas que têm ombudsmans, e os sites para contatos. Os dados do ombudsman da Folha estão no final da coluna.
 
"O Povo", jornal de Fortaleza: Guálter George (www.opovo.com.br);
"Jornal da Cidade", de Bauru (SP): Daniela Pereira Bochembuzo (www.jcnet.com.br);
Rádio Bandeirantes, de São Paulo: Maria Elisa Porchat (www.radiobandeirantes.com.br);
TV Cultura, de São Paulo: Osvaldo Martins (www.tvcultura.com.br);
Radiobrás: Emília Magalhães (www.radiobras.gov.br).


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Marcelo Beraba é o ombudsman da Folha desde 5 de abril de 2004. O ombudsman tem mandato de um ano, renovável por mais dois. Não pode ser demitido durante o exercício da função e tem estabilidade por seis meses após deixá-la. Suas atribuições são criticar o jornal sob a perspectiva dos leitores, recebendo e verificando suas reclamações, e comentar, aos domingos, o noticiário dos meios de comunicação.
Cartas: al. Barão de Limeira 425, 8º andar, São Paulo, SP CEP 01202-900, a/c Marcelo Beraba/ombudsman, ou pelo fax (011) 224-3895.
Endereço eletrônico: ombudsman@uol.com.br.
Contatos telefônicos: ligue (0800) 15-9000; se deixar recado na secretária eletrônica, informe telefone de contato no horário de atendimento, entre 14h e 18h, de segunda a sexta-feira.


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