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Tudo pode
Apesar de ser adotado com
frequência, o verbo "poder" é
um dos que toda escola de jornalismo ensina seus alunos a
evitar na confecção de títulos
ou manchetes. Ele é impreciso,
denota incerteza, tende a ser
especulativo. Afinal, como se
diz, tudo pode...
Outra coisa que o estudante
aprende logo de cara: não se
deve repetir verbos nos títulos
de uma mesma página. Além
de refletir falta de criatividade, a prática cria no leitor
uma espécie de déjà vu.
Pois o suplemento Fovest
(em formato tablóide) da última quinta-feira conseguiu
descumprir, a um tempo, as
duas recomendações.
O verbo "poder" apareceu
em títulos ou subtítulos de
suas sete páginas (a oitava era
um anúncio) nove vezes
-cinco apenas nos textos da
reportagem principal (sobre o
estresse dos vestibulandos).
Não foi um bom exemplo,
ainda mais para quem se esforça para disputar vaga numa faculdade de jornalismo.
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Bernardo Ajzenberg é o ombudsman da Folha. O ombudsman tem mandato
de um ano, renovável por mais dois. Ele não pode ser demitido durante o exercício do cargo e tem estabilidade
por seis meses após o exercício da função. Suas atribuições são criticar o jornal sob a perspectiva do leitor
-recebendo e verificando as reclamações que ele encaminha à Redação- e comentar, aos domingos, o noticiário
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