Painel do Leitor
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CPMF
Por que não usar os milhões da corrupção da Operação Lava Jato que estão sendo devolvidos aos cofres públicos para a saúde antes de ressuscitar a CPMF ("Empresários e políticos se opõem à recriação da CPMF", "Poder", 28/8)? Nós, brasileiros, não queremos mais impostos, que servem somente para os desvios e enriquecimento dos políticos.
Carmem Silva (São Paulo, SP)
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A única certeza que o atual governo nos dá é que ele gasta mal o dinheiro de nossos impostos. Como pode então acenar com um aumento de impostos? Antes de mais nada, precisa cortar custos da máquina pública perdulária.
Victor Hargrave (Campinas, SP)
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A CPMF volta à cena. Sempre é lembrada nos momentos de crise. Sou a favor dela como único imposto a ser pago. Ou, como queiram, imposto único, de verdade, em substituição a todos os impostos, taxas e outros absurdos existentes. Alguém já se preocupou em saber quanto pagamos em IR na fonte ou em valores transferidos para os produtos e serviços que consumimos? A distribuição da receita entre a União, os Estados e os municípios seria feita por software bancário na fonte. Simples.
Jurcy Querido Moreira (Guaratinguetá, SP)
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Devido à crise, cortamos gastos em casa e no trabalho. O governo, preguiçoso, cria impostos. Chega de impostos para desviar com corrupções, estádios de futebol, falsos ministérios para amigos, enquanto educação, saúde e segurança estão falidas.
João Angelo Rizzo (Barueri, SP)
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A arrecadação federal caiu até agora cerca de 3,5% em relação ao ano passado ("Rombo nas contas da União vai a R$ 9,1 bi", "Mercado", 28/8). Sem pensar em cortar gastos, esses incompetentes pensam em aumentar a carga tributária. Para nós, empresários, que não temos "arrecadação", o faturamento caiu mais de 25% por causa da recessão e só nos resta cortar custos e demitir para não fecharmos. Por que o governo não segue o exemplo?
Carlos Eduardo de Sampaio Freitas, empresário do setor elétrico (São Paulo, SP)
Aposentados
Para o governo atual, quanto mais tempo demorar a concessão de novos benefícios, melhor ("Greve dos servidores faz INSS só agendar aposentadoria para 2016", folha.com/no1674680).
Joaquim Mário de Souza Melo (Caraguatatuba, SP)
Multas no trânsito
Os motoqueiros reivindicam, entre outras coisas, menos radares ("Motociclistas pedem a volta dos corredores exclusivos em SP", "Cotidiano", 27/8). É como se os assaltantes pedissem menos policiais nas ruas: o direito de burlar a lei demandado à luz do dia. Todos falam contra multas, inclusive a imprensa, que gosta de citar a "indústria das multas". A solução é simples: radares por toda parte –quanto mais, melhor– fiscalizando carros e motos. Quem não quiser ser multado basta seguir as prescrições dos código de trânsito.
Homero Santiago (São Paulo, SP)
Educação
José Tadeu Jorge, reitor da Unicamp, lamenta o menor teto salarial das universidades estaduais paulistas, comparado ao das federais ("O começo do fim", Tendências/ Debates, 27/8). Segundo ele, isso ameaça a qualidade da USP, da Unicamp e da Unesp. Porém, em geral, esses tetos são atingidos por tempo de serviço e adicionais por cargos administrativos. Ou seja, os que gozam desses tetos têm pouco a ver com a qualidade da pesquisa dessas instituições. É problema do governo federal que se paguem salários surreais a seus servidores. O governo de São Paulo pode e deve impor melhores padrões.
Raul Abramo, professor associado do Instituto de Física da USP (Cotia, SP)
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Sobre a carta de Mara Chagas (Painel do Leitor, 28/8), a Secretaria da Educação do Estado esclarece que a seleção de diretores paulistas se dá por meio de concurso público, o que corrobora a seriedade do processo. A educação paulista tem avançado cada vez mais na formação de quadros gestores. Por meio de um projeto de lei, já aprovado na Assembleia Legislativa, os profissionais selecionados a partir do próximo concurso passarão por estágio probatório e avaliações permanentes e contarão com novos cursos de formação em gestão.
Valéria Nani, assessora de imprensa da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
Intolerância
Achei muito interessante o artigo "Chatice paulistana" ("Opinião", 27/8), de Eduardo Scolese. Opiniões sobre ciclovias, redução da velocidade ou fechamento da Paulista aos domingos estão ficando cada vez mais agressivas e intolerantes. Temos que mudar isso e concordar ou não com atitudes, não com governantes ou partidos. Será que política está virando futebol, em que não se pode elogiar o jogador ou técnico do outro time nem comemorar um gol bonito do adversário?
Gabriela Kulcsar Vasconcelos, estudante (São Paulo, SP)
Síria
Deparei-me, no blog Mundialíssimo, da Folha, com os dados: em abril, enquanto o Estado Islâmico matou 68 civis, na Síria, o regime de Bashar al-Assad foi responsável por 1.519 mortes. Itamaraty, isso não é "uso desproporcional da força"? Diplomacia com diplopia é nanismo!
Alexandre Matone (São Paulo, SP)
Chacina
Ao se apoiar em boatos desinformados, a Folha erra no editorial "Disputa inconveniente" ("Opinião", 28/8). Não existe disputa. A investigação dos homicídios ocorridos em Osasco e Barueri é realizada de maneira integrada, com o acompanhamento do secretário Alexandre de Moraes e das cúpulas das duas polícias. Os principais envolvidos se reúnem com frequência para troca de informações. Desde sábado passado, a Corregedoria da Polícia Militar faz parte da força-tarefa criada para essa investigação. Os trabalhos são acompanhados, na Corregedoria, por um delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e, no âmbito da Polícia Civil, por um oficial da Corregedoria.
Lucas Tavares, diretor-executivo de comunicação e imprensa da Secretaria da Segurança Pública (São Paulo, SP)
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