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Josué Gomes da Silva

Um dia muito especial

O Dia das Mães tem imenso significado, pois refere-se à mais admirável condição humana. A maternidade, além de perpetuação da espécie, é compartilhamento de vida e marca de amor incondicional.

Importante, nesta data, lembrarmos as mães donas de casa na sua mais nobre definição, que cuidam com dedicação do marido e dos filhos.

Seu trabalho é gigantesco e, no passado, nem sequer podiam contar com a tecnologia da linha branca e dos eletrodomésticos, com as fraldas descartáveis e outras facilidades contemporâneas.

Mesmo quando não dispunham de vacinas contra o sarampo, catapora, tosse comprida, caxumba e outras doenças da infância, o carinho materno era o remédio infalível nas noites maldormidas.

As modernidades atuais da indústria, dos serviços, da medicina proporcionam ajuda às mães. Muitas mantêm, contudo, dupla jornada de trabalho, dentro e fora dos lares.

A mulher conquistou seu devido lugar no mundo dos negócios e na vida pública, fazendo valer todo o seu talento, educação, criatividade, sensibilidade, cultura e muita eficiência profissional. Não abdicou, porém, da maternidade. E consegue exercer essa missão sublime com a mesma dedicação, amor e dignidade de suas avós.

É exemplar e muito relevante o sucesso das empreendedoras, executivas e CEOs nas empresas de todos os portes e distintos setores. Destaca-se, ainda, a presença feminina na vida política dos países, como se observa no Brasil, onde temos a presidente da República, Dilma Rousseff, governadoras, prefeitas, ministras e secretárias, senadoras, deputadas e vereadoras. Também é marcante a atuação das ministras, desembargadoras e juízas nas distintas áreas e instâncias da Justiça, incluindo o Supremo Tribunal Federal, e a nobre atuação das integrantes do Ministério Público.

Outro aspecto a ser evidenciado é que, neste 2012, o Dia das Mães transcorre em 13 de maio, data na qual a princesa Isabel promulgou a Lei Áurea, há 124 anos, extinguindo o flagelo da escravidão no Brasil. Essa memória enfatiza a relevância da mulher negra em nossa história, a superação da extrema desigualdade socioeconômica da qual partiu, após a instituição da liberdade, e a maneira heroica como exerceu a maternidade nas mais adversas condições.

A coincidência de datas nos permite oportuna reflexão: que o inigualável amor materno inspire o país na consolidação de uma sociedade cada vez mais justa, equilibrada, solidária, inabalável em seus princípios de igualdade e tolerância e livre de discriminações de sexo, etnia, crença, ideologia e pensamento.

Por tudo isso, hoje é um dia muito especial. Obrigado mãe(s)!

JOSUÉ GOMES DA SILVA escreve aos domingos nesta coluna.

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