Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Guilherme Afif Domingos Nós Precisamos (1) desonerar investimentos e (2) destravar licenças ambientais. Sobram alarmistas pressionando a mídia e o Ministério Público "O Brasil é feito por nós, está na hora de desatá-los" Barão de Itararé Assistimos a uma verdadeira corrida de obstáculos na aprovação de projetos fundamentais para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, principalmente nas regiões metropolitanas. Há três exemplos claros: - As linhas de metrô, fundamentais para retirar veículos das ruas; - O Rodoanel e o Ferroanel, essenciais para deslocar o tráfego de carga e veículos a diesel; - E o saneamento básico. Existem nós que interferem na agilidade do processo de implantação das parcerias público-privadas (PPPs), que são indispensáveis para o financiamento desses projetos. O primeiro é que o Brasil taxa investimentos com pesados impostos. Quando falamos em PPPs, que é a associação do setor público com o privado, cada projeto é executado por meio de uma sociedade de propósito específico (SPE). Essa SPE é considerada uma empresa privada e, como tal, deve pagar impostos sobre todo e qualquer investimento em obras públicas. Portanto, para tornar a PPP atraente para o setor privado, o governo precisa desonerar os investimentos em projetos de interesse público e social. O segundo problema são as licenças ambientais. Advogo que este é um risco que o Estado tem de compartilhar com o setor privado. Como nosso sistema de licenciamento não possui regras claras, o setor público não pode transferir todo o risco para o privado, jogando o parceiro aos leões. Não é admissível que projetos dessa natureza, com impacto ambiental tão positivo para o cidadão, sejam discutidos por um tempo sem fim e façam exigências descabidas, sem buscar um ponto de equilíbrio entre a qualidade de vida e a preservação do meio ambiente. A balança pende para um só lado, não por exagero de técnicos sérios e competentes em órgãos públicos ou privados, mas de quem usa o meio ambiente para mascarar outros interesses -econômicos, políticos ou ideológicos. Não faltam alarmistas para inundar a mídia e pressionar o Ministério Público e o Poder Judiciário com demandas temerárias. E o fato é que muitos desistem de investir por causa da demora na liberação de licenças ambientais. São fatos que precisamos enfrentar. Cabe a quem foi legitimamente eleito representar o interesse público na concepção e na implementação de projetos que simultaneamente beneficiem a sociedade e mantenham o equilíbrio com o meio ambiente. Cabe ao governo assumir essa responsabilidade, compartilhando-a com o parceiro do setor privado. Temos muito para avançar: portos, aeroportos, linhas de metrô, sistema ferroviário, saneamento e inúmeros projetos de infraestrutura aguardam decisões corajosas e inovadoras para viabilizar as PPPs. É necessário atacar os altos impostos e sedimentar uma visão responsável da política ambiental. Precisamos desatar esses nós, combinando celeridade com responsabilidade nas decisões relativas a obras imprescindíveis para promover o bem-estar social. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |