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Editoriais Russomanno, 35% Pesquisa sugere vigor na liderança do candidato do PRB e perspectiva de disputa entre Serra e Haddad para participar do segundo turno Contrariando prognósticos que davam como certa sua queda nas pesquisas tão logo se iniciasse o horário eleitoral na TV, Celso Russomanno (PRB) cresceu quatro pontos no mais recente levantamento Datafolha, passando de 31% para 35% das intenções de voto. Enquanto José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) ficaram em empate técnico no segundo lugar, com 21% e 16% das preferências, o postulante do PRB aumentou para 14 pontos a vantagem sobre o adversário mais bem colocado. É cedo para previsões definitivas, pois um mês ainda transcorrerá até o pleito -tempo suficiente para reviravoltas. Os números, não obstante, dão solidez à ascensão de Russomanno. Ao se observar, por exemplo, a declaração espontânea de voto (quando o eleitor, sem o auxílio de uma lista, diz em quem pretende votar), verifica-se que o atual líder saltou de 18% para 25% -mais do que a soma de Serra e Haddad. Outro dado que sugere a consolidação de Russomanno é o favoritismo nos cenários de segundo turno -em que bate seus oponentes. Embora possa haver mérito intrínseco na campanha do PRB, a liderança do candidato parece decorrer, em larga margem, das fragilidades e do desgaste dos rivais. Serra, além da má fama adquirida por ter abandonado o mandato de prefeito para concorrer ao governo do Estado, vê-se contaminado pela avaliação negativa de Gilberto Kassab (PSD), sua criatura política, cuja gestão é considerada ruim ou péssima por metade dos eleitores da capital. Quanto a Haddad, apesar de conquistar terreno, começou a campanha como um desconhecido, o que favoreceu a tarefa de Russomanno de capitalizar a insatisfação com o atual prefeito. Sobre a aversão de cerca de metade do eleitorado de São Paulo ao PT, que poderia desfavorecer seu candidato, vale lembrar que o partido elegeu Marta Suplicy para a prefeitura em 2000. Embora parcela considerável dos eleitores possa mudar de voto (são 62% os que se declaram totalmente decididos), parece cada vez menos provável que se materializem as previsões de polarização entre Serra e Haddad. Caso se confirme a presença de Russomanno no segundo turno, o eleitorado estará de certa forma chancelando o personalismo. Com efeito, é antes como um franco-atirador que o candidato surge em cena do que como um nome amparado por uma estrutura partidária ou corrente minimamente enraizada na política paulista. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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