São Paulo, domingo, 07 de fevereiro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Prestação de serviços
"Max Weber, há um bom tempo, falou que a associação de consumidores seria um importante instrumento para proteger a democracia de algumas das distorções do mercado. A análise de Maria Inês Dolci ("Paulistano está afogado no escuro", Cotidiano, ontem) mostra claramente a situação bem conhecida de empresas que vendem um produto, ou prestam um serviço, baseadas no princípio do menor investimento possível para o maior retorno sem riscos.
Aliás, Weber fazia sua crítica ao corporativismo econômico na política, quando mostrava as vantagens de os consumidores terem seus interesses representados nas democracias capitalistas. Vander Morales ("O avanço do retrocesso", "Tendências/Debates", ontem) sabe bem o que isso quer dizer. Presidente de um sindicato de empresas, Morales ataca o corporativismo dos trabalhadores, quando se fala em garantir padrões mínimos e aceitáveis para a troca dessa mercadoria, que é a força de trabalho."
DANIEL GUERRINI (Porto Alegre, RS)

Parlamentares
"Gostaria de sugerir à Folha que republicasse a matéria inserida no rodapé da página A16 de 5/2, como manchete de Primeira Página e em letras garrafais ("Reino Unido - 390 parlamentares terão de devolver US$1,6 mi ao Estado", Mundo). Talvez com essa medida nossos políticos passariam a se sentir constrangidos no uso indevido de verbas públicas, mesmo porque do Judiciário não podemos esperar absolutamente nada, seja por causa de legislação, morosidade ou leniência no julgamento dos casos que lhe são apresentados.
Infelizmente a notícia provém do Reino Unido. Como seria bom se viesse de Brasília!"
JOSÉ CASSIANO DOS SANTOS (Presidente Venceslau, SP)

Gays no Exército
"Muito bonita e esperada a reação de entidades de defesa dos direitos LGBT ante a declaração do general Cerqueira Filho, contrária a homossexuais nas Forças Armadas.
Mas a OAB? ["OAB critica general que rejeita gays no Exército", Brasil, 5/2] É preciso acabar com hipocrisias de parte a parte. Não consigo, sinceramente, imaginar a ordem aceitando numa boa que seu presidente se declarasse gay. É preciso, sim, brigar contra o preconceito, mas começando dos nossos umbigos cristãos-hipócritas."
MIRELLA VARGAS (São Paulo, SP)

 

"O brasileiro não tem tradição militar, visto que, na hora se alistar, existe a repulsa e o pavor de que o Exército o convoque. Por que agora insistem em que os homossexuais sejam convocados?
Os que falam em discriminação, cidadania, retrocesso, diferenciação e respeito à Constituição nunca pertenceram às Forças Armadas e nunca aprovaram que seus filhos e parentes fossem convocados para o serviço militar."
JOSÉ LUIZ LAGÔA (São Paulo, SP)

Comissão da verdade
"Com exceção do infeliz advérbio "caninamente" aplicado ao presidente Castello Branco, o texto de Cláudio Guimarães dos Santos ["Quem tem medo da verdade?", "Tendências/Debates", 5/2] é uma lição de equilíbrio e lucidez."
JOÃO BAPTISTA VILLELA (Belo Horizonte, MG)

Quadrinhos
"O leitor Sérgio Nardelli se queixa ("Painel do Leitor", 5/2) da tira em que uma mulher é espancada. Não falo em nome do autor, Angeli, mas falo como autor. Se as obras precisam vir com todos os problemas resolvidos, os maus punidos e a justiça triunfante, para que são necessárias? É preciso dar algum trabalho ao cérebro e à sensibilidade. É claríssimo o sentido crítico não só da tira específica, mas de todo o trabalho do Angeli."
LAERTE COUTINHO, cartunista (São Paulo, SP)

Pobreza
"Muito interessantes as teses do economista Marcio Pochmann, presidente do Ipea, em seu texto em "Tendências/Debates" ("Pobrezas", 5/2). Como exemplos recentes de aplicação de seu pensamento, pelo governo, lembremos: R$ 8 bilhões para Friboi e Bertin, R$ 7,5 bilhões para a Oi, R$ 1,7 bilhão para Perdigão e Sadia, R$ 1,1 bilhão para a VCP, R$ 2,5 bilhões para a Braskem e compra de 49% do Banco Votorantim pelo Banco do Brasil por R$ 4,2 bilhões. Trata-se de "formas inovadoras de combate à pobreza'? Dos acionistas destas megaempresas, não tenho dúvidas.
Sem ironia: o Ipea é um instituto que merece toda a gratidão dos brasileiros pelos serviços prestados no passado, por um corpo de especialistas respeitados. Neste momento, contudo, o que vejo é: de um lado, o uso ideológico de um instituto técnico e, do outro, um modelo pouco discutido de criação de uma economia forte, baseada em poucos grupos privados escolhidos, tornados visceralmente dependentes do dinheiro e de grupos do Estado."
TELMO GIOLITO PORTO, (São Paulo, SP)

Justiça
"A Suprema Corte brasileira está preocupada com a lentidão da Justiça e prepara reforma com metas e prazos para julgarem processos, além de se aproximar da sociedade.
Isso é importantíssimo, parabéns.
Quanto aos processos contra políticos corruptos, é uma negação; graças ao sistema burocrático, o Supremo continua lento, não conseguindo condenar ninguém, por aceitar milhares de processos com recursos. A corte deve ser mais atuante, sugerir reformas ao Legislativo, tomar frente a todos esses escândalos, confiscar até o último centavo desviado dos cofres públicos, dar prazos para os envolvidos provarem o enriquecimento ilícito, até o julgamento final, negar habeas corpus e impedir recursos."
ANTONIO DE SOUZA D'AGRELLA (São Paulo, SP)

 

"Nos filmes da TV, a Justiça sempre pega o criminoso. Na vida real a coisa é diferente. Vejam, no caso de Brasília, com prova e testemunha, vídeos revisados pela Polícia Federal, e apesar de tudo estamos assistindo à impunidade ["Depoimento, vídeo e bilhete ligam Arruda a suborno no DF", Brasil, ontem].
Na lei, quando um criminoso ameaça ou interfere na Justiça, para mudar as provas ou pondo em risco a vida da testemunha, ele é preso. Mas José Arruda e as outras pessoas que a gente viu no vídeo ainda estão soltas. No mínimo houve sonegação do Imposto de Renda, onde está a Receita Federal? Eles não deveriam ter sido presos na hora? Era o que a nação esperava, um filme com o final feliz: criminosos atrás das grades."
ANDERSON APARECIDO (Hortolândia, SP)

Chuvas
"Sob o título "Terra arrasada", a Primeira Página (5/2) estampa uma fotografia que entristece o paulistano. Parece que o terremoto do Haiti se entendeu para o bairro Cidade A.E. Carvalho, na capital paulista. O que se vê é uma população caminhando sem rumo, uma rua atravancada, cheia de móveis misturados com veículos de várias espécies. E o prefeito Kassab, nada vê, nada faz, a não ser "kassapar" o IPTU com taxas aumentadas a seu bel-prazer? A mesma Primeira Página noticia: "São Paulo [prefeitura] coleta de graça lixo de locais que deveriam pagar"."
ANTONIO BRANDILEONE (Assis, SP)

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