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PAINEL DO LEITOR
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Prestação de serviços
"Max Weber, há um bom tempo,
falou que a associação de consumidores seria um importante instrumento para proteger a democracia
de algumas das distorções do mercado. A análise de Maria Inês Dolci
("Paulistano está afogado no escuro", Cotidiano, ontem) mostra claramente a situação bem conhecida
de empresas que vendem um produto, ou prestam um serviço, baseadas no princípio do menor investimento possível para o maior retorno sem riscos.
Aliás, Weber fazia sua crítica ao
corporativismo econômico na política, quando mostrava as vantagens
de os consumidores terem seus interesses representados nas democracias capitalistas. Vander Morales ("O avanço do retrocesso", "Tendências/Debates", ontem) sabe
bem o que isso quer dizer. Presidente de um sindicato de empresas,
Morales ataca o corporativismo dos
trabalhadores, quando se fala em
garantir padrões mínimos e aceitáveis para a troca dessa mercadoria,
que é a força de trabalho."
DANIEL GUERRINI (Porto Alegre, RS)
Parlamentares
"Gostaria de sugerir à Folha que
republicasse a matéria inserida no
rodapé da página A16 de 5/2, como
manchete de Primeira Página e em
letras garrafais ("Reino Unido - 390
parlamentares terão de devolver
US$1,6 mi ao Estado", Mundo).
Talvez com essa medida nossos
políticos passariam a se sentir
constrangidos no uso indevido de
verbas públicas, mesmo porque do
Judiciário não podemos esperar
absolutamente nada, seja por causa
de legislação, morosidade ou leniência no julgamento dos casos
que lhe são apresentados.
Infelizmente a notícia provém do
Reino Unido. Como seria bom se
viesse de Brasília!"
JOSÉ CASSIANO DOS SANTOS (Presidente Venceslau, SP)
Gays no Exército
"Muito bonita e esperada a reação de entidades de defesa dos direitos LGBT ante a declaração do
general Cerqueira Filho, contrária a
homossexuais nas Forças Armadas.
Mas a OAB? ["OAB critica general
que rejeita gays no Exército", Brasil, 5/2] É preciso acabar com hipocrisias de parte a parte. Não consigo, sinceramente, imaginar a ordem aceitando numa boa que seu
presidente se declarasse gay. É preciso, sim, brigar contra o preconceito, mas começando dos nossos umbigos cristãos-hipócritas."
MIRELLA VARGAS (São Paulo, SP)
![](http://www1.folha.uol.com.br/fsp/images/ep.gif)
"O brasileiro não tem tradição
militar, visto que, na hora se alistar,
existe a repulsa e o pavor de que o
Exército o convoque. Por que agora
insistem em que os homossexuais
sejam convocados?
Os que falam em discriminação,
cidadania, retrocesso, diferenciação e respeito à Constituição nunca
pertenceram às Forças Armadas e
nunca aprovaram que seus filhos e
parentes fossem convocados para o
serviço militar."
JOSÉ LUIZ LAGÔA (São Paulo, SP)
Comissão da verdade
"Com exceção do infeliz advérbio
"caninamente" aplicado ao presidente Castello Branco, o texto de
Cláudio Guimarães dos Santos
["Quem tem medo da verdade?",
"Tendências/Debates", 5/2] é uma
lição de equilíbrio e lucidez."
JOÃO BAPTISTA VILLELA (Belo Horizonte, MG)
Quadrinhos
"O leitor Sérgio Nardelli se queixa ("Painel do Leitor", 5/2) da tira
em que uma mulher é espancada.
Não falo em nome do autor, Angeli,
mas falo como autor. Se as obras
precisam vir com todos os problemas resolvidos, os maus punidos e a
justiça triunfante, para que são necessárias? É preciso dar algum trabalho ao cérebro e à sensibilidade.
É claríssimo o sentido crítico não
só da tira específica, mas de todo o
trabalho do Angeli."
LAERTE COUTINHO, cartunista (São Paulo, SP)
Pobreza
"Muito interessantes as teses do
economista Marcio Pochmann,
presidente do Ipea, em seu texto em
"Tendências/Debates" ("Pobrezas", 5/2). Como exemplos recentes de
aplicação de seu pensamento, pelo
governo, lembremos: R$ 8 bilhões
para Friboi e Bertin, R$ 7,5 bilhões
para a Oi, R$ 1,7 bilhão para Perdigão e Sadia, R$ 1,1 bilhão para a
VCP, R$ 2,5 bilhões para a Braskem
e compra de 49% do Banco Votorantim pelo Banco do Brasil por R$
4,2 bilhões. Trata-se de "formas inovadoras de combate à pobreza'?
Dos acionistas destas megaempresas, não tenho dúvidas.
Sem ironia: o Ipea é um instituto
que merece toda a gratidão dos brasileiros pelos serviços prestados no
passado, por um corpo de especialistas respeitados. Neste momento,
contudo, o que vejo é: de um lado, o
uso ideológico de um instituto técnico e, do outro, um modelo pouco
discutido de criação de uma economia forte, baseada em poucos grupos privados escolhidos, tornados
visceralmente dependentes do dinheiro e de grupos do Estado."
TELMO GIOLITO PORTO, (São Paulo, SP)
Justiça
"A Suprema Corte brasileira está
preocupada com a lentidão da Justiça e prepara reforma com metas e
prazos para julgarem processos,
além de se aproximar da sociedade.
Isso é importantíssimo, parabéns.
Quanto aos processos contra políticos corruptos, é uma negação;
graças ao sistema burocrático, o Supremo continua lento, não conseguindo condenar ninguém, por
aceitar milhares de processos com
recursos. A corte deve ser mais
atuante, sugerir reformas ao Legislativo, tomar frente a todos esses
escândalos, confiscar até o último
centavo desviado dos cofres públicos, dar prazos para os envolvidos
provarem o enriquecimento ilícito,
até o julgamento final, negar habeas
corpus e impedir recursos."
ANTONIO DE SOUZA D'AGRELLA (São Paulo, SP)
![](http://www1.folha.uol.com.br/fsp/images/ep.gif)
"Nos filmes da TV, a Justiça sempre pega o criminoso. Na vida real a
coisa é diferente. Vejam, no caso de
Brasília, com prova e testemunha,
vídeos revisados pela Polícia Federal, e apesar de tudo estamos assistindo à impunidade ["Depoimento,
vídeo e bilhete ligam Arruda a suborno no DF", Brasil, ontem].
Na lei, quando um criminoso
ameaça ou interfere na Justiça, para mudar as provas ou pondo em
risco a vida da testemunha, ele é
preso. Mas José Arruda e as outras
pessoas que a gente viu no vídeo
ainda estão soltas. No mínimo houve sonegação do Imposto de Renda,
onde está a Receita Federal? Eles
não deveriam ter sido presos na hora? Era o que a nação esperava, um
filme com o final feliz: criminosos
atrás das grades."
ANDERSON APARECIDO (Hortolândia, SP)
Chuvas
"Sob o título "Terra arrasada", a
Primeira Página (5/2) estampa uma
fotografia que entristece o paulistano. Parece que o terremoto do Haiti
se entendeu para o bairro Cidade
A.E. Carvalho, na capital paulista. O
que se vê é uma população caminhando sem rumo, uma rua atravancada, cheia de móveis misturados com veículos de várias espécies.
E o prefeito Kassab, nada vê, nada
faz, a não ser "kassapar" o IPTU com
taxas aumentadas a seu bel-prazer?
A mesma Primeira Página noticia:
"São Paulo [prefeitura] coleta de
graça lixo de locais que deveriam
pagar"."
ANTONIO BRANDILEONE (Assis, SP)
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