São Paulo, quarta-feira, 07 de setembro de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Datafolha
Estranho o artigo do diretor do Datafolha, Mauro Paulino, analisando a pesquisa que ele dirigiu sobre as eleições para a Prefeitura de São Paulo. Considera que o ex-governador de São Paulo esteja "desgastado". Mas não se trata de uma análise objetiva, e sim um juízo de valor, o que nos deixa ressabiados.
Afinal, foi ele, como diretor do Datafolha, quem decidiu que a pesquisa não deveria incluir o segundo turno, por razões não explicadas. Na cidade de São Paulo, Serra ganhou amplamente as três últimas eleições que disputou, inclusive a última, para presidente. Se é para entrar no terreno das hipóteses, por que não analisar os números à luz do fato de que Serra diz não ser candidato ou de que as pessoas o veem mais como presidenciável do que como "prefeiturável"?
Não seria o caso também de notar que os números do ministro Fernando Haddad parecem baixos demais para quem ocupa o cargo há seis anos e não para de aparecer na mídia?
FLORIANO PESARO, líder do PSDB na Câmara de São Paulo (São Paulo, SP)

RESPOSTA DO DIRETOR DO DATAFOLHA, MAURO PAULINO - Em dezembro de 2003, o Datafolha mostrou Serra 11 pontos acima de Marta em disputa que viria a vencer no ano seguinte. Hoje, Serra recebe rejeição inédita na cidade e fica 11 pontos abaixo da petista. Essa é uma constatação objetiva de desgaste eleitoral. Quanto aos cenários de segundo turno, por ser a primeira pesquisa, seria impossível determinar, mesmo em uma avaliação jornalística, quem teria mais chance de disputá-lo.

 


Sobre a pesquisa do Datafolha publicada no dia 5/9, na qual se faz uma projeção dos resultados da disputa pela Prefeitura de São Paulo com os diversos candidatos possíveis, tanto do PSDB quanto do PT, causou-me surpresa o fato de não ter sido incluído o nome do também pré-candidato pelo PP, Paulo Maluf.
Como estamos na condição dos prováveis, já se foi várias vezes dito que Maluf é pré-candidato com certeza. Fica a dúvida sobre o motivo de não ter sido incluído o seu nome na lista?
GUILHERME A. S. RIBEIRO, secretário-geral do diretório do PP de São Paulo (São Paulo, SP)

NOTA DA REDAÇÃO - Enquanto as candidaturas não são oficializadas, o critério de inclusão de nomes é jornalístico. Na avaliação da Redação, o nome com mais chance de disputar a eleição municipal de 2012 pelo PP é Celso Russomano.

Nova CPMF
Não adianta aumentar impostos. É preciso reestruturar, reorganizar. Definir prioridades e aplicar melhor os recursos. Na falta de capacidade dos gestores, sugiro taxar em 20% as verbas destinadas a partidos e a outras organizações, bem como o salário dos políticos e dos funcionários com cargos comissionados que vivem à nossa custa.
JORGE THOMÉ NETO (Mirassol, SP)

 

A emenda 29, que obriga a aplicar na saúde percentuais de arrecadação, é mais um absurdo do Legislativo. O importante não é o percentual, não é o valor, mas a eficácia com que esses recursos são aplicados. Infelizmente, neste Brasil de 38 ministérios, eficácia é um palavrão.
RONALDO JOSÉ NEVES DE CARVALHO (São Paulo, SP)

Política
Quando vi a foto do deputado Aldo Rebelo na festa dos 80 anos do Paulo Maluf, tive uma certeza: o outrora militante de esquerda, que combatia a corrupção, que atacava políticos como Maluf, Sarney e Collor e que defendia o trabalhador, hoje não existe mais. Existe, sim, um político demagogo, que é aliado dos que combatia, que ajuda a defender corruptos na Câmara, que articula contra o trabalhador e ainda brinda na festa do Maluf.
MARCELO GUIMARÃES SANTOS (Santos, SP)

Judiciário
Não sei se é triste ou vergonhoso ver o Judiciário do Brasil que ganha 50 salários mínimos, mais todas as demais regalias, querendo aumento de 15%, quando a inflação do período foi de menos da metade disso.
Isso mostra o quanto nossos juízes são uma casta insensível.
CLOVIS DEITOS (Campinas, SP)

 

Discordo da opinião do professor Joaquim Falcão, autor do texto "Conflito entre Dilma e STF é normal em uma democracia" (Poder, ontem). Nós só escolhemos algo quando a situação é idêntica: por exemplo, em uma casa, os moradores decidem se guardam o dinheiro para reformá-la ou para uma viagem. A discussão, em âmbito nacional, é diversa. Não há como escolher entre saúde e educação. Tudo é relevante. Como é importante também o aumento da remuneração do Judiciário. Agora, com a corrupção no páreo, daqui a pouco, não sobra dinheiro nem para o cafezinho.
BRUNA COLAGIOVANNI GIROTTO FERNANDES (Campo Grande, MS)

Trem-bala
Em relação à reportagem "Odebrecht ganha a área do terminal do trem-bala" (Mercado, 3/9), é incorreta a afirmação do jornal sobre a Estação Barão de Mauá de que "a Odebrecht ganhou do governo do Rio de Janeiro, sem custos, o direito de administrar a área". A Supervia tem o direito de explorar a estação desde 1998, quando foi celebrado o primeiro contrato de concessão com o governo do Rio. A renovação foi mantida em 2010, ocasião em que a Odebrecht TransPort passou a ser acionista da Supervia.
A renovação foi feita com o compromisso de a empresa investir R$ 1,2 bilhão nos trens urbanos do Rio, além de investimento de mesmo valor pelo governo do Estado. O programa da Supervia se tornou viável com a entrada da Odebrecht TransPort no seu grupo controlador. Serão adquiridos 120 novos trens, reformados outros 73 e modernizadas 98 estações.
HELOISA ETERNA, assessora de comunicação Odebrecht TransPort (Rio de Janeiro, RJ)

RESPOSTA DO JORNALISTA DIMMI AMORA - Em 2007, a Supervia tinha perdido, por falta de uso, o direito à área da estação. O investimento de R$ 1,2 bilhão foi, na verdade, contrapartida para a renovação do contrato do sistema de trens urbanos do Rio. O governo do Estado decidiu incluir na concessão o terreno do terminal do trem-bala sem exigir pagamento adicional por isso.

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