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Sem água e sem luz
"É INACEITÁVEL ficar 24
horas sem energia",
constatou o secretário
de Justiça de São Paulo, Luiz Antonio Marrey. Com ele concordam os moradores dos 16 bairros
da capital do Estado que sofreram com o longo corte de eletricidade na semana passada.
Semelhante indignação também se aplicaria à falta d'água
que atingiu 750 mil pessoas na
cidade após o rompimento de
uma adutora, no domingo. Dois
dias depois, o problema ainda
não havia sido solucionado.
A concessionária de energia da
capital, a AES Eletropaulo, culpa
as intensas tempestades e a consequente queda de árvores pelos
problemas. Alega que suas equipes encontraram dificuldades
para alcançar os locais em que se
faziam necessários os reparos.
O próprio governo do Estado
revela-se insatisfeito com as explicações. Marrey exige provas e
documentos, inclusive sobre os
investimentos realizados pela
empresa. Por mais que o interesse político, em ano eleitoral, possa ter estimulado a movimentação do secretário, a cobrança é
bem-vinda. É bom lembrar que
blecautes recentes, no Rio, decorreram de falhas na ampliação
e acompanhamento da rede.
Mas o governo paulista deveria
ter atuado de forma preventiva
-assim como a Agência Nacional de Energia Elétrica, que tem
a missão de monitorar os investimentos previstos pelas concessionárias. Parafraseando Marrey, a omissão das autoridades
no dever de fiscalizar também é
inaceitável.
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