São Paulo, quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

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Editoriais

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Sem água e sem luz

"É INACEITÁVEL ficar 24 horas sem energia", constatou o secretário de Justiça de São Paulo, Luiz Antonio Marrey. Com ele concordam os moradores dos 16 bairros da capital do Estado que sofreram com o longo corte de eletricidade na semana passada.
Semelhante indignação também se aplicaria à falta d'água que atingiu 750 mil pessoas na cidade após o rompimento de uma adutora, no domingo. Dois dias depois, o problema ainda não havia sido solucionado.
A concessionária de energia da capital, a AES Eletropaulo, culpa as intensas tempestades e a consequente queda de árvores pelos problemas. Alega que suas equipes encontraram dificuldades para alcançar os locais em que se faziam necessários os reparos.
O próprio governo do Estado revela-se insatisfeito com as explicações. Marrey exige provas e documentos, inclusive sobre os investimentos realizados pela empresa. Por mais que o interesse político, em ano eleitoral, possa ter estimulado a movimentação do secretário, a cobrança é bem-vinda. É bom lembrar que blecautes recentes, no Rio, decorreram de falhas na ampliação e acompanhamento da rede.
Mas o governo paulista deveria ter atuado de forma preventiva -assim como a Agência Nacional de Energia Elétrica, que tem a missão de monitorar os investimentos previstos pelas concessionárias. Parafraseando Marrey, a omissão das autoridades no dever de fiscalizar também é inaceitável.


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