São Paulo, segunda-feira, 14 de julho de 2008 |
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"Esperando há três anos para passar por uma perícia médica por causa de um processo movido por mim em um caso de erro médico, revoltada, fico observando a rapidez com que o Judiciário solta e prende quase que instantaneamente pessoas poderosas. Pela rapidez dos trâmites, parece-me haver peritos e juízes sobrando para que processos a favor ou contra ricos sejam julgados rapidamente. Em contrapartida, pela demora para julgar processos envolvendo cidadãos comuns, com certeza, há peritos e juízes faltando no Judiciário." ANA ROSA BELLODI (Jaboticabal, SP)
"Nesse ridículo joguinho jurídico em que se transformou a prisão do banqueiro Daniel Dantas, o "placar" parece indicar Gilmar Mendes 2 x 2 Fausto de Sanctis. Na verdade, se os dois continuarem com essa disputa, só haverá um vencedor: Daniel Dantas." JOSUÉ LUIZ HENTZ (São João da Boa Vista, SP)
"Se toda a indignação que li neste "Painel do Leitor" por causa da soltura de Daniel Dantas tivesse a convicção de livrar o país da corrupção, essa gente deveria ter estado nas ruas exigindo que os mensaleiros, aloprados e tantos outros estivessem na cadeia. Todos deveriam estar presos, não apenas Dantas. Por que só agora toda essa indignação?" FRANCISCO DA COSTA OLIVEIRA (São Paulo, SP)
"Não estou entendendo por que 130 juízes e tantos leitores se manifestam contra a atitude do presidente do STF. Já tivemos muitos casos semelhantes e não vimos essas reações, todos foram soltos. Sou absolutamente a favor da punição de todos. Só esse caso mereceu tanta reação. Por quê?" FRANCISCO XAVIER FERNANDEZ (São Paulo, SP)
"Abaixo-assinado ("Juízes e procuradores criticam Mendes", Brasil, 12/7) é uma reação corporativa de quem não possui argumentos convincentes para debater. Além disso, não confere infalibilidade a ninguém. Por falar nisso, alguém leu os autos do processo?" NÉLIO SANTANA (Santa Maria, RS)
"Quero registrar meus efusivos cumprimentos ao ministro Gilmar Mendes. Por tudo que tenho lido, parece-me óbvio que o juiz federal foi, para dizer o mínimo, açodado e espetaculoso (quanto à prisão provisória de Daniel Dantas e de outros cidadãos) e desrespeitoso e rebelde (quanto à prisão preventiva do banqueiro). É evidente que o magistrado de primeira instância, ao "renovar" a prisão do banqueiro, metamorfoseando-a de provisória em preventiva, quis, por via oblíqua, negar autoridade à decisão do tribunal superior -um absurdo que deve ser objeto de procedimento disciplinar contra seu prolator." JOSÉ AVELINO GROTA DE SOUZA , promotor de Justiça (Bebedouro, SP)
"Existe no Reino Unido uma lei que proíbe a divulgação do nome (exceto as iniciais) e da imagem de qualquer pessoa sob investigação policial ou judicial. Houvesse tal instituto no Brasil, ganhariam todos, desde o banqueiro até o pé-rapado: seriam protegidos contra os males da execração midiática pública antes do julgamento e da devida sentença. Sinto que, sem essa garantia, haverá entre nós, por muito tempo ainda, o risco da comissão de injustiças irreparáveis, como no caso da Escola Base." SERGIO PINHEIRO LOPES (São Paulo, SP)
"Quando advogado-geral da União, Gilmar Mendes disse que o Supremo Tribunal Federal era um manicômio judiciário. Parece que, como presidente da corte, ele quer provar que tinha razão." GILSON DE PAULA PACHECO (Belo Horizonte, MG)
"O enredo da Operação Satiagraha tinha um personagem principal: Daniel Dantas. Entretanto, o ministro Gilmar Mendes roubou a cena." ÁLVARO PINHEIRO (São Luís, MA)
"Os últimos acontecimentos envolvendo o STF se revestem de um viés imperial que compromete a atitude republicana que deveria nortear a mais alta corte do país. A posição de presidente do Supremo não confere a ninguém a prerrogativa de colocar-se acima das leis que regulam o processo penal no país. A concessão dos dois habeas corpus a Daniel Dantas nos últimos dias insulta os que recorrem de forma regular ao STF sem obter a mesma celeridade e envergonha a sociedade. Deveria envergonhar o Supremo também." SANDRA ANFLOR DA SILVA (Porto Alegre, RS)
Lei seca
Espetacularização
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