São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 2008 |
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"Quero cumprimentar o juiz De Sanctis. O ministro Gilmar Mendes foi arbitrário quanto à concessão de habeas corpus para Daniel Dantas e desrespeitoso em não considerar os trâmites de processo penal e constitucional, que prevê o escalonamento de tramitação dos recursos nas esferas competentes." GILBERTO CALDAS (São Paulo, SP)
"Subscrevo integralmente o artigo de Alberto Toron de domingo ("Ainda há juízes no Brasil!'). E o faço não só como cidadão, mas como advogado criminalista que, ao longo da vida profissional, defendeu graciosamente pobres, oprimidos e presos políticos. Solidarizo-me com o ministro Gilmar Mendes, porque as mais raras virtudes de um magistrado são a coragem e a independência. Sobrava competência legal ao ministro para decidir, pois tinha em mãos um pedido de habeas corpus. Restava-lhe, como fez, manifestar-se de acordo com sua consciência, coragem e independência." TALES CASTELO BRANCO (São Paulo, SP)
"A Justiça brasileira tem um defeito sério: ela se atém mais à letra que ao significado. Não há interesse verdadeiro em fazer justiça, mas em ter uma burocracia impecável. Esse é o motivo de se manter solto um corrupto tácito porque seu processo não teve instrução apropriada. Os juízes deveriam tomar ciência de que o poder emana do povo. Por isso defendo a eleição direta para algumas instâncias da Justiça." JOÃO GUILHERME ROCHA POÇO (São Paulo, SP) "Tem muito jurista criticando o ministro Gilmar Mendes, mas eu, como promotor, aprendi muita coisa. Aprendi que banqueiro pode impetrar habeas corpus no STF contra decisão de juiz de 1º grau sem passar pelas instâncias inferiores; que o STF pode conceder HC sem ver o processo; que uma decisão judicial de mais de 150 páginas pode ser carente de fundamentação, mas a de um ministro, que em poucas palavras concede salvo conduto a um empresário, é sempre bem motivada. Sei agora que integrantes do Ministério Público, ao invés de defensores da ordem, são "gângsteres". Também aprendi sociologia ao saber que banqueiros são a parte mais fraca da sociedade, covardemente oprimida pelo Judiciário, malsinada pela Procuradoria e molestada pela Polícia. Obrigado, ministro." LUIZ FERNANDO MARQUES GUEDES (São Sebastião, SP)
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