São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 2011 |
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PAINEL DO LEITOR O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos. Leia mais cartas na Folha Online www.folha.com.br/paineldoleitor Justiça Lamento o demonstrado desconhecimento do colunista Fernando de Barros e Silva ("A Justiça e o sargento Garcia", Opinião, ontem) em relação aos imensos desafios que enfrentamos na busca de uma prestação jurisdicional célere e eficaz. Além disso, é indisfarçável sua ignorância em relação ao papel do Poder Judiciário em um Estado de Direito, estando, como visto, à margem da contribuição necessária, entregue a comentários que representam um desserviço à causa da verdadeira Justiça. DURVAL JOSÉ DE MORAES LEME, juiz da 1ª Vara Criminal de Rio Claro (Rio Claro, SP) O jornalista Fernando de Barros e Silva expressa extrema lucidez no artigo "A Justiça e o sargento Garcia" e também revela a coragem de Eliana Calmon, corregedora do Conselho Nacional de Justiça. Ela não recorreu a meias palavras e afirmou que o Tribunal de Justiça de São Paulo somente será inspecionado no dia em que o sargento Garcia prender o Zorro. A ação proposta pela Associação dos Magistrados Brasileiros é corporativista e tem unicamente o objetivo de manter a Justiça brasileira como uma indevassável caixa-preta. LUTHERO MAYNARD (São Paulo, SP) Gostaria de prestar meu apoio à corregedora Eliana Calmon no que diz respeito à sua recente declaração contrária à ação proposta pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) no Supremo Tribunal Federal, que tem o óbvio propósito de cercear a atuação do Conselho Nacional de Justiça -entidade na qual reside a esperança da sociedade brasileira de que nossa Justiça se modernize e se democratize. Tratar o que a corregedora disse como ofensa generalizada à magistratura, coisa que ela não fez, só pode ser resultado de obtusidade ou de corporativismo exacerbado. JOSÉ CLÁUVER DE AGUIAR JUNIOR (Santos, SP) Drogas Muito interessante a argumentação do cineasta Fernando Grostein Andrade sobre as drogas ("Pelo pragmatismo no combate às drogas", "Tendências/Debates", ontem). Deixou transparecer sinceridade e foi bastante objetivo, sem nenhum prejuízo da contextualização dos aspectos que envolvem o combate a substâncias ilícitas no Brasil. Parabéns à Folha, que não se rende à moralidade oportunista destes tempos de resoluções fáceis para problemas complexos. A legalização da maconha, por exemplo, deve estar constantemente na pauta dos meios de comunicação. Pessoas como Andrade merecem expor cada vez mais sua visão de mundo. Chega de a ladainha conservadora dominar a mídia como se não houvesse alternativa. CRISTIANO KOCK VITTA (Limeira, SP) Crítica teatral A respeito do texto "Lady Heliodora" (Ilustríssima, 25/9), digo que a Barbara Heliodora ajudou muita gente e enterrou muitas mais. Barbara insinua que Sarah Bernhardt não era uma grande atriz, mas acha que ela era uma personalidade. Essa carapuça serve para Barbara também: ela pode não ser uma grande crítica, mas é uma personalidade. Uma espécie de Bernarda Alba do teatro carioca. Ela fala de Nelson Rodrigues e Silveira Sampaio, mas não fala de Oswald de Andrade, Jorge Andrade, Gianfrancesco Guarnieri, Oduvaldo Vianna Filho, Guilherme Figueiredo, Renata Palottini, Hilda Hilst e outros que contribuíram para a formação de uma dramaturgia brasileira moderna. É extraordinário que continue a ser tão ativa aos 88 anos, mas ela está defasada e não está suficientemente informada. A conhecida paixão que tem pela dramaturgia de Shakespeare lhe serve de confortável escudo contra tanta coisa que não lhe agrada. JOSÉ NEISTEIN (Washington, DC, EUA) Petróleo Em relação à reportagem "ANP quer modificar as regras de multas para conteúdo local" (Mercado, 27/9), que trata de modificações, simplificações e flexibilização nas regras de conteúdo local, venho prestar os seguintes esclarecimentos: 1) As considerações do coordenador de conteúdo local da ANP, Marcelo Mafra, aos jornalistas são de cunho exclusivamente pessoal, portanto não representam o posicionamento da diretoria da ANP sobre o assunto; 2) A ANP segue a política pública referente ao conteúdo local conforme as diretrizes do Ministério de Minas e Energia e do Conselho Nacional de Política Energética; 3) Não consta de determinações da diretoria da agência qualquer alteração no que se refere à redução de multas ou à simplificação das exigências atuais de conteúdo local; 4) A ANP tem cumprido a sua missão legal de fiscalizar as obrigações dos concessionários, conforme as cláusulas do contrato de concessão; 5) Essa fiscalização assegura aos agentes econômicos amplo direito de defesa. Alguns processos ainda estão em análise e, nos que foram concluídos e resultaram em multas, os valores já estão sendo recolhidos. FLORIVAL CARVALHO, diretor da ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Rio de Janeiro, RJ) Leia mais cartas na Folha Online www.folha.com.br/paineldoleitor Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080 Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090 www.cliquefolha.com.br Ombudsman: 0800-15-9000 ombudsman@uol.com.br www.folha.com.br/ombudsman Texto Anterior: Antonio César Siqueira: A arrogância da defesa do CNJ Próximo Texto: Erramos Índice | Comunicar Erros |
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