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PAINEL DO LEITOR
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Obama
"Histórias parecidas com a de Barack Obama já se passaram em vários países. Aqui tivemos Fernando
Collor. Quem não se lembra?"
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)
Quadrinhos
"Discordo radicalmente do leitor
José Roberto Rodrigues de Albuquerque sobre as tiras de Angeli e
Laerte ("Painel do Leitor", 28/7). A
arte de ambos (com destaque para
Laerte) é notável justamente por se
libertar da idéia de "conteúdo" e
"mensagem", conceitos discutíveis e
ultrapassados. Os geniais cartunistas, com seus trabalhos abertos,
pouco óbvios e surpreendentes, nos
propõem idéias e sensações bem
além da pobre expectativa de "extravasar" requerida pelo leitor."
ROBERTO ALVES (São Paulo, SP)
"Com tristeza, assino em baixo a
carta de José Roberto Rodrigues de
Albuquerque. Também sou fã do
Angeli e especialmente do Laerte
desde os tempos de "Piratas do Tietê", mas não há como gostar de tiras
com cocô de cachorro embrulhado
para presente. Seus leitores merecem coisa melhor, Laerte. Crises,
todos nós temos, mas se vocês se
cansaram de desenhar rebordosas e
piratas, abram espaço para outros.
Tira de jornal deve ser engraçada."
ROGERIO DE MORAES SARMENTO JR. (Piracicaba,
SP)
Sabesp
"Gostaria de manifestar meu inconformismo com a matéria "Sabesp contrata empresa de consultoria ligada a diretor" (Cotidiano,
26/7). Não é verdadeira a informação de que mantenho ligação com a
Etep, fato que impediria a contratação da empresa pela Sabesp, uma
vez que faço parte da diretoria desta estatal desde 16 de janeiro de
2007. Meu desligamento do cargo
de diretor e da gestão da Etep foi
em 12 de janeiro de 2007, data em
que iniciei também os trâmites para desfazer-me das cotas que detinha -10% do capital da empresa.
Tais providências, conforme estabelecido no Código Civil, incluíram
a oferta das cotas aos demais sócios, que tiveram prazo de 60 dias
para sua manifestação. O processo
culminou com o registro na Junta
Comercial, o que se deu em 17 de
maio de 2007. Com relação ao documento onde meu nome consta
até a presente data, trata-se do Instrumento Particular de Constituição do Consórcio BBL Engenharia
-Etep, firmado em 26/10/2006 entre as duas empresas para cumprir
contrato de serviços com a Sabesp.
Este documento nem sequer foi assinado por mim, tendo a Etep papel
secundário no consórcio, que era
representado legalmente pela BBL.
Por uma falha administrativa não
foi alterada na Junta a composição
dos responsáveis do consórcio após
minha saída. Isto não modifica o fato de que, desde janeiro, eu já não
fazia parte da diretoria da Etep."
MARCELO SALLES HOLANDA DE FREITAS (São Paulo,
SP)
Resposta dos jornalistas Alencar Izidoro e Evandro Spineli -
O ponto de vista do missivista
constou da reportagem. Especialistas em direito público e licitações avaliam que a presença
do nome dele na Junta Comercial como um dos responsáveis
da Etep configura um vínculo.
Batman
"Apesar de leitor assíduo de João
Pereira Coutinho, da Ilustrada, me
vejo na obrigação de fazer uma observação ao seu comentário sobre
"Batman". Não sou militante de histórias em quadrinhos, mas sou crítico de cinema e enxerguei qualidades no filme. O que me incomoda
no texto é a visão preconceituosa
com que encara obras dessa categoria. Afirmar que homens feitos
"continuam a acreditar que um super-herói em pleno vôo compensa
todas as ereções falhadas" é de uma
superficialidade grotesca. Usar a
suposta má qualidade do filme para
justificar um possível suicídio do
ator Heath Ledger não é idiossincrasia -é idiotice. E criticar a falta
de realismo de "Batman", convenhamos, é muita ingenuidade pensar
que até o mais honesto dos documentários seja de fato uma representação puramente realista."
JULIANO DALLARMI PRESTES MION (Curitiba, PR)
"É realmente incrível a capacidade do sr. João Pereira Coutinho de
criticar um filme sem o menor conhecimento daquilo que ele está
tentando destruir. Na coluna, ele
demonstra claramente que não conhece nada da arte criada por Bob
Kane há mais de meio século. Refere-se a Batman como se fosse um
fruto dos acontecimentos pós-11 de
Setembro. Batman é um personagem de gibi, e em nenhum momento o diretor Cristopher Nolan quis
mostrar um vigilante real usando
metáforas. Essas metáforas sobre
heróis derradeiros da pós-modernidade são criadas por colunistas irresponsáveis que escrevem o que
bem entendem e apenas expressam
as suas opiniões pessoais."
FRANCISCO MESTRE (São Paulo, SP)
Fumo
"Na matéria "Procurador quer banir imagens em cigarros" (26/7) foi
inserida a informação de que "a ação
partiu da Procuradoria em Blumenau, onde há uma fábrica da indústria de cigarros Souza Cruz" e se avisa que o "procurador nega que a
ação defenda interesses da indústria local". Acho desagradável ter
que me explicar por causa de ilações indevidas, mas esclareço que a
ação não tem qualquer relação com
a indústria tabagista e fumageira,
não pretende aumentar a venda de
cigarros e não pretende banir a propaganda antitabagista. A pretensão
da ação que propus é trazer as advertências antitabagistas para os limites da lei e da Constituição."
JOÃO MARQUES BRANDÃO NÉTO , procurador da República (Blumenau, SC)
Febem
"Sou funcionário da Fundação
Casa e fico triste em saber que somos os culpados por tudo o que
acontece lá. Mas como podemos ser
culpados se não podemos exercer
nossa função? Os funcionários são
proibidos de trabalhar pelos adolescentes. Temos de ficar do lado de
fora para não apanharmos ou até
mesmo morrermos lá dentro. Aí
vem o pessoal dos direitos humanos
jogando toda a culpa nos funcionários. Como se pode culpar pessoas
sem saber o que acontece do lado de
dentro da muralha? É fácil ouvir a
versão dos adolescentes e não dar
ouvidos aos funcionários, que estão
ali, na ponta da faca, sem saber se
voltarão vivos para casa."
ALESSANDRO ALVES (Assis, SP)
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