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A Copa como ela é

Greve no metrô 'é probleminha', diz Del Nero

Presidente eleito da CBF afirma que, caso movimento continue na Copa, torcedor pode ir aos jogos 'de ônibus ou de carro'

Sábado foi de trânsito acima da média na cidade; julgamento da paralisação ocorrerá neste domingo

DE SÃO PAULO

Em meio ao terceiro dia da paralisação no metrô de São Paulo, que já é a mais longa dos últimos 15 anos, o presidente eleito da CBF, Marco Polo del Nero, afirmou que a greve é um probleminha' para a organização da Copa.

"Lógico que queremos que isso se resolva a tempo. Mas é um probleminha pequeno. Se não tiver metrô, vai de ônibus ou de carro [ao estádio]. Há sempre alternativas", disse, antes de reunião da Fifa.

A greve, iniciada na quinta (5), preocupa dirigentes da entidade. Dois integrantes do comitê executivo do órgão, que pediram para não ter os nomes publicados, disseram estar apreensivos --a Fifa recomenda aos torcedores que usem o transporte público.

Associada à Marcha para Jesus, realizada nas zonas norte e central, a paralisação foi responsável por um sábado de trânsito atípico.

Às 14h, eram 91 km de lentidão, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) --o normal são 28 km.

Nos dois dias anteriores, o trânsito também ficou caótico, principalmente na manhã. Na quinta (5), alguns dos dirigentes da Fifa, como o francês Michel Platini, demoraram até três horas para ir do aeroporto de Guarulhos ao hotel Hyatt, na zona sul.

IMPASSE

O julgamento da greve dos metroviários pela Justiça do Trabalho está marcado para as 10h deste domingo (8) --a Justiça do Trabalho montou plantão para a Copa.

Caso o Tribunal Regional do Trabalho decrete a ilegalidade do movimento, o que abre caminho para demissões, a tendência é que os metroviários voltem ao trabalho --o sindicato, porém, diz que submeterá a decisão em assembleia da categoria.

No julgamento, previsto para durar mais de duas horas, os desembargadores definirão o índice de reajuste que caberá aos metroviários.

Eles querem aumento de ao menos 10%, e a estatal oferece 8,7% --a inflação desde o último reajuste, em maio de 2013, foi de 5,8% (INPC). O piso é de R$ 1.323,55.

Tanto categoria, que antes pedia 16,5%, como Metrô, que oferecia 7,8%, reduziram suas exigências, mas as negociações emperraram em audiência no Tribunal Regional do Trabalho na sexta (6).

O desembargador Rafael Pugliese sugeriu índice intermediário, de 9%. Os grevistas, porém, não abriram mão dos dois dígitos, e o governo disse que 8,7% é o máximo que pode oferecer sem comprometer as finanças do Metrô.

PIQUETES

Neste sábado (7), a Polícia Militar voltou a conter grevistas que impediam o funcionamento da estação Ana Rosa, que só abriu às 8h50. Segundo funcionários, cerca de 60 pessoas faziam o piquete.

A PM intermediou o diálogo entre grevistas e supervisores que, por causa da paralisação, estão operando os trens. Não houve confronto --no dia anterior, policiais usaram bombas de gás e balas de borracha na estação.

A Bresser-Mooca também abriu após as 8h30. Funcionários disseram que havia piquetes e faltava segurança. A PM afirmou que não foi chamada.

Na Paraíso, houve um princípio de tumulto. Segundo a polícia, cerca de 20 metroviários seguravam as portas dos trens. Os grevistas negam.

A operação foi normal nas linhas 5-lilás e 4-amarela, que é privatizada. As demais funcionavam parcialmente: a 3-vermelha, entre Bresser-Mooca e Marechal; a 2-verde, da Ana Rosa à Clínicas; e a 1-azul, da Ana Rosa à Luz.


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