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Outro lado
Advogado diz que provas do caso são ilícitas
DE SÃO PAULOO advogado de Robson Marinho, Celso Vilardi, diz que não comenta as acusações contra o seu cliente porque elas são feitas a partir de provas que foram consideradas ilícitas pela Justiça suíça.
A Suíça investigou a Alstom porque a multinacional francesa abriu dezenas de contas secretas em um banco de lá para pagar propina ao redor do mundo. No curso da investigação, a Justiça apontou que promotores violaram leis, e algumas das provas foram anuladas.
Mesmo assim, a Alstom pagou cerca de US$ 42 milhões em 2011 num acordo que encerrou as investigações.
Marinho já afirmou em diversas ocasiões que não tem conta no exterior nem recebeu propina da Alstom.
O conselheiro também disse que o contrato que teria originado o suborno não foi analisado pelo Tribunal de Contas, mas só uma extensão de garantia das subestações.
A Alstom afirma em nota que "lamenta que o alegado conteúdo de investigações sobre supostas condutas ocorridas no passado, que por obrigação legal deveriam ser tratadas de forma sigilosa, venham a ser utilizadas de forma reiterada e desproporcional nos dias de hoje com o intuito de prejudicar uma empresa que cumpre com todas as suas obrigações legais".
O escritório Mossack Fonseca, do Panamá, diz que não patrocina negócios ilícitos, mas ressalta não ter responsabilidade pela atividade das empresas que registra.