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Planalto deve trocar ministro dos Transportes para ter apoio do PR
Sigla exige demissão de César Borges, que não recebe deputados
O ministro César Borges (Transportes) deve deixar o cargo após o PR exigir sua substituição, como parte de um acordo para apoiar a reeleição de Dilma Rousseff.
Interlocutores da presidente dão como certa a saída do ministro. A movimentação do PR foi antecipada pela coluna Painel.
Tanto o partido do ministro quanto integrantes do governo esperam que Borges acerte o seu pedido de demissão o "mais rápido possível". Ele foi convocado para uma audiência com Dilma na manhã desta quarta (25). Membros do PR afirmaram à Folha que Paulo Sérgio Passos, ex-titular dos Transportes e antecessor de Borges, retomará a vaga de ministro se a mudança for confirmada.
Também filiado ao PR, como Borges, Passos deixou a pasta pelos mesmos motivos que levaram a sigla a exigir a saída de Borges: não atender os interesses da legenda.
A cúpula do PR, porém, prefere a volta de Passos: alega que o atual ministro tem uma "vida autônoma" no ministério, não recebe parlamentares da bancada e não despacha com indicados da sigla que estão na pasta.
Borges tem dito a aliados que não está demissionário e que o cargo pertence a Dilma.
Segundo a Folha apurou, o governo pretende acomodar Borges na EPL (Empresa de Planejamento e Logística), estatal hoje comandada por Passos. "Já falamos há muito tempo que o César Borges não nos agrada. Mas nós não vamos pedir. O ministério é dela", disse o senador Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP).
GAROTINHO
Após intervenção do Planalto, o Pros vai apoiar o deputado Anthony Garotinho (PR) ao governo do Rio. Isso viabiliza sua candidatura por aumentar seu tempo de TV.
Os ministros Ricardo Berzoini (Relações Institucionais) e Aloizio Mercadante (Casa Civil) pressionaram o Pros a apoiar Garotinho e acreditam que este abrirá palanque para Dilma. (NATUZA NERY, ANDRÉIA SADI, VALDO CRUZ, ITALO NOGUEIRA e MARIANA NAUBERT)