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Cid Gomes escolhe petista como candidato a sua sucessão no CE
Tasso Jereissati deve ser nome ao Senado na chapa de oposição
O deputado estadual Camilo Santana (PT) foi oficializado, neste domingo (29), como candidato da chapa governista à sucessão do governador do Ceará, Cid Gomes (Pros). O anúncio foi feito na convenção do Pros, em Fortaleza.
O nome do petista foi escolhido no sábado, depois de o deputado federal José Guimarães (PT-CE) desistir de sua candidatura ao Senado.
Segundo interlocutores de Guimarães, a provável confirmação do ex-governador Tasso Jereissati (PSDB) como candidato ao Senado na chapa de oposição contribuiu para a desistência; Tasso lidera as pesquisas de intenção de voto.
À Folha, o deputado federal e vice-presidente do PT disse que abdicou da candidatura "em nome de um projeto maior", para fortalecer a campanha presidencial de Dilma Rousseff no Ceará.
Ele afirmou que há "chance zero" de Dilma ou de Lula estarem no palanque de Eunício Oliveira (PMDB), aliado do ex-presidente e nome da oposição ao governo.
Camilo Santana, deputado estadual mais bem votado no Estado em 2010, pertence à ala do PT ligada ao grupo dos irmãos Cid e Ciro Gomes.
Servidor público federal, ele foi secretário das Cidades e do Desenvolvimento Agrário durante o governo Cid.
Os nomes dos candidatos a vice e a senador da coligação entre PT e Pros ainda não foram definidos. O anúncio será feito nesta segunda-feira (30), prazo final para homologação das candidaturas.
EUNÍCIO E TASSO
Também neste domingo, na convenção estadual do PMDB, que oficializou a candidatura de Eunício Oliveira, políticos ligados ao senador e a Tasso Jereissati confirmaram que o ex-governador tucano será o candidato ao Senado na chapa.
Tasso, que discursou no evento, chegou no mesmo carro que Eunício e permaneceu ao lado dele no palanque.
O tucano confirmou a aliança entre PMDB e PSDB, mas evitou falar da candidatura --disse que a decisão será oficializada na convenção do PSDB, nesta segunda.
Segundo Eunício, seu palanque será aberto a todos os presidenciáveis dos partidos que integram sua coligação --mas que, pessoalmente, apoiará a reeleição de Dilma.
"Ninguém vai me intrigar com o presidente Lula nem com a presidente Dilma", disse o peemedebista.
Em um discurso emocionado, ele fez duras críticas à gestão de Cid Gomes e elogiou o ex-governador de Pernambuco e candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, rival de Dilma.