Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Dilma e Aécio oficializam candidaturas
Chapa petista se chamará 'Com a Força do Povo'; a tucana será 'Muda Brasil', mesmo mote usado por Tancredo
Declarações de bens entregues ao TSE mostram que Dilma e Aécio ficaram mais ricos de 2010 para cá
As equipes dos dois principais nomes da corrida presidencial deste ano, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), registraram neste sábado (5) suas candidaturas ao Palácio do Planalto.
A coligação da chapa Dilma Rousseff e Michel Temer (PMDB) se chamará "Com a Força do Povo", e o limite previsto de gastos da campanha será de R$ 298 milhões.
Já a chapa tucana, formada por Aécio e seu vice, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), espera despesas de até R$ 290 milhões. O nome da coligação é "Muda Brasil", mote de Tancredo Neves, avô do presidenciável, na transição do regime militar para o período democrático.
Dilma e Aécio ficaram mais ricos de 2010 para cá, mas o tucano viu seu patrimônio crescer em maior proporção.
Ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a petista declarou bens da ordem de R$ 1,75 milhão, montante superior ao patrimônio de quatro anos atrás, quando a presidente declarou possuir bens no total de R$ 1,06 milhão (equivalentes a R$ 1,39 milhão, em valores corrigidos).
Já o senador Aécio Neves, que em 2010 declarou bens que somavam R$ 617 mil (R$ 810 mil), hoje possui R$ 2,503 milhões. A assessoria do candidato explicou que a evolução se deveu à herança que recebeu do pai.
Nas estimativas de gastos de campanha, os dois partidos adversários projetam contas equivalentes, embora a previsão de despesas do PT nesta eleição tenha avançado menos que a do PSDB.
Em 2010, Dilma informou ter gastado R$ 176,5 milhões, contra os R$ 298 milhões previstos agora. "Estamos racionalizando gastos e despesas e talvez nem cumpramos esse teto", afirmou Edinho Silva, tesoureiro da campanha.
DIRETRIZES
Na última eleição presidencial, quando era José Serra o candidato do PSDB, os tucanos registraram um teto de R$ 180 milhões (R$ 228 milhões, atualizados). Entretanto, ao final da campanha, acabaram revendo para baixo o valor, que fechou em R$ 130 milhões (R$ 163 milhões em valores de hoje).
As diretrizes do programa de governo do PT foram registradas sob o nome de "Mais Mudanças, Mais Futuro".
Nele, Dilma tenta vender a ideia de que seu segundo mandato inaugurará um "novo ciclo de mudanças" a partir da "solidez econômica", adjetivo que o mercado financeiro acusa o governo de não ter, e da "amplitude das políticas sociais".
O programa promete, ainda, ser "intransigente" no combate à inflação, uma das áreas de governo mais criticadas pelo mercado.
Já o de Aécio Neves promete, entre outras coisas, seguir uma marca dilmista no ensino técnico. Cita, nominalmente, o Pronatec. Na economia, diz que levará a inflação para o centro da meta e que alcançará o superávit primário (economia para pagar juros da dívida) sem "artifícios contábeis", em uma referência a o que foi feito pela equipe econômica de Dilma nos dois últimos anos.
Na área social, também fala em estimular o debate junto a movimentos sociais e em fortalecer os conselhos nacionais de políticas públicas.
A oposição criticou o governo, após um decreto presidencial recomendar a órgãos do governo "considerar" instâncias como conselhos nacionais e outras formas de representação popular.
Terceiro colocado nas pesquisas para o Planalto, Eduardo Campos (PSB) registrou a candidatura na quinta (3).