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Promotoria mantém tese de crime político no caso Celso Daniel

Para Ministério Público, morte do prefeito de Santo André está ligada a desvio de recursos; cinco serão julgados hoje

Tese vai na contramão das investigações da polícia, que viu crime comum no assassinato do petista em 2002

SILVIO NAVARRO
DANIEL RONCAGLIA
DE SÃO PAULO

Mais de dez anos após o crime, o Ministério Público voltará a defender hoje, no julgamento de cinco acusados de matar o prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel (PT), que o assassinato está vinculado a um esquema de desvios para financiar campanhas do PT.

Daniel foi encontrado morto com oito tiros numa estrada de terra após dois dias de sequestro em janeiro de 2002.

Ele se preparava para assumir a coordenação da campanha do ex-presidente Lula.

Hoje, a Promotoria repetirá a tese que já levou à condenação de Marcos Roberto Bispo dos Santos, o único que foi julgado até agora.

Para a Promotoria, o grupo foi contratado pelo ex-segurança Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, para matar o prefeito. Daniel teria descoberto que recursos desviados foram embolsados pelos envolvidos no esquema. Os cinco réus são acusados de homicídio duplamente qualificado.

"Quando ele descobriu que o dinheiro do esquema estava engordando o bolso dos participantes, não concordou. Queria voltar ao esquema inicial de caixa dois do PT", disse o promotor Márcio Friggi.

A tese vai na contramão da investigação da Polícia Civil, que viu crime comum.

A Promotoria também cita ação em que o PT e o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) são acusados de desviar recursos de Santo André.

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