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Outro lado Advogado de Pizzolato contesta voto do relator DE BRASÍLIAO advogado Marthius Sávio Cavalcante Lobato, que defende o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, disse ontem que ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão, já estava "predisposto" a condenar o seu cliente. "É só olhar o voto dele agora, é o mesmo voto da denúncia, acrescido de elementos superficiais", disse Lobato. Segundo o advogado, o voto poderia ser "anulado" porque "há uma nítida alteração de libelo" da acusação, o que teria prejudicado a defesa. "A denúncia se baseou em o fundo Visanet ser eminentemente público, e nós [defesa] provamos que ele é privado. No voto, o ministro [Barbosa] vem dizer que, independentemente de ser público ou privado, houve o crime de peculato", afirmou. Segundo o advogado, essa mudança prejudicou a defesa de Pizzolato: "Como isso não constava da acusação, não pudemos fazer a nossa defesa em relação a um fundo privado e a existência do crime de peculato". "De certa forma, ele está sendo mais eficiente do que a acusação. Foi muito mais pontual do que a acusação, principalmente quando a acusação afirma de uma forma e ele altera para julgar de outra", disse o advogado. Sobre a entrega dos R$ 326 mil num envelope no apartamento de Pizzolato, o advogado disse que seu cliente fazia "um favor" ao PT do Rio. "Pediram a ele para pegar os documentos para entregar a uma pessoa do PT. Não era dinheiro, eram documentos. O favor era para buscar documentos", declarou. O advogado de Marcos Valério Fernandes de Souza, Marcelo Leonardo, havia afirmado que iria se manifestar só depois da leitura do voto completo do relator Joaquim Barbosa. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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