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Foco Nova edição de 'Notícias do Planalto' questiona a evolução do jornalismo DE SÃO PAULO"Notícias do Planalto", o livro do jornalista Mario Sergio Conti que narra as relações da imprensa com o poder que culminaram com a queda do presidente Fernando Collor em 1992, será lançada em edição econômica pela Companhia das Letras. A obra, considerada um marco nas narrativas sobre a imprensa por detalhar as relações entre mídia e poder, vendeu mais de 70 mil cópias, segundo a editora. A primeira edição é de 1999. Conti era diretor da revista "Veja" à época do processo de impeachment de Collor, foi um dos fundadores da revista "piauí" e hoje é apresentador do programa "Roda Viva", da TV Cultura. Ele entrevistou 141 pessoas para contar como o presidente que usou a mídia para ser eleito foi tirado do cargo pelo trabalho da imprensa. A principal novidade da nova edição é um posfácio em que Conti diz que os repórteres que ajudaram a revelar o funcionamento do governo Collor agora auxiliam políticos em apuros ou trabalham com marketing político. "Quase todos abandonaram a imprensa", diz Conti. "Quem ontem apontava as dissonâncias entre o marketing e a realidade é hoje marqueteiro." Ele cita João Santana e Luís Costa Pinto. Santana foi chefe da sucursal em Brasília da "IstoÉ", que descobriu o motorista Eriberto França, que desmontou a versão de Collor ao revelar as contas-fantasmas usadas para pagar funcionários do presidente. João Santana, agora marqueteiro, comandou as campanhas de Lula em 2006 e a de Dilma em 2010. Hoje trabalha para Fernando Haddad, candidato do PT a prefeito de São Paulo. Costa Pinto foi o autor da entrevista publicada na "Veja" em que Pedro Collor dizia que Paulo César Farias era o testa de ferro de Collor. Em 2003, ajudou a assessorar o deputado João Paulo Cunha e tornou-se um dos personagens do mensalão. O Supremo discute se ele prestou os serviços pelos quais recebeu R$ 252 mil da Câmara. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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