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Manuela foca gestão e deixa ideologia de lado Candidata do PC do B investe no mote da 'inovação' e da 'tecnologia' e avança em Porto Alegre FELIPE BÄCHTOLDDE PORTO ALEGRE A candidata do PC do B, Manuela D'Ávila, 31, se afastou dos embates ideológicos que marcaram eleições em Porto Alegre e investe em motes como "gestão", "inovação" e "tecnologia". A deputada federal licenciada empatou tecnicamente na liderança com o prefeito José Fortunati (PDT), segundo o Datafolha. Reduziu pela metade os oito pontos de dianteira que o rival tinha. O vermelho, a foice e o martelo do PC do B não aparecem na campanha de Manuela. Suas críticas ao prefeito abordam a suposta ineficiência da administração burocrática. Num dos debates com Fortunati, citou seis vezes o lema de "menos papel e mais tecnologia" no governo. Aliada a siglas como PSD e PSC, virou alvo de partidos esquerdistas na cidade. Antes da campanha, a candidata afirmou que "pouquíssimas questões do município" se decidem no terreno da ideologia e que essa discussão deveria ocorrer mais na macroeconomia. A juventude e a proximidade com movimentos estudantis ajudam a conquistar o eleitorado com menos de 35 anos. Mas perde por larga margem para Fortunati entre idosos e mais escolarizados. Manuela disse à Folha que seu programa não tem proximidade com o modelo de "choque de gestão", celebrizado pelo PSDB: "Gestão não é uma palavra patenteada, é um mecanismo de governo." ATAQUES A candidatura dela herda parte do eleitorado próximo do PT, que governou a cidade 16 anos a partir de 1989. Os petistas lançaram o deputado estadual Adão Villaverde, desconhecido pela maioria até o começo da campanha. Os três principais candidatos são aliados no governo de Tarso Genro (PT) e na base de Dilma Rousseff. Em terceiro lugar na disputa, o PT passou a atacar Manuela no horário eleitoral. Em um dos programas, um ator comparou a candidata a uma "celebridade" que "fala bonito, mas, se espremer...". A deputada diz que a campanha petista está "mal conduzida" momentaneamente. Para transmitir imagem de experiência, ela exibiu em seu programa eleitoral uma reunião com políticos e técnicos que a apoiam. Deputada em segundo mandato, Manuela tenta pela segunda vez ser prefeita de Porto Alegre. Há dois anos, teve no Estado 483 mil votos para a Câmara, o equivalente a quase metade do eleitores de Porto Alegre. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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