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Horário político dá impulso a candidatos

Propaganda no rádio e na TV faz com que nomes pouco conhecidos ganhem fôlego

FELIPE BÄCHTOLD
DE PORTO ALEGRE

Com tempo de sobra no horário político, candidatos que eram pouco conhecidos pelo eleitorado registraram saltos em sua taxa de conhecimento e, consequentemente, na intenção de voto, segundo dados do Datafolha.

Candidatos de Recife, São Paulo e Porto Alegre que haviam largado em desvantagem na campanha conseguiram em poucas semanas se tornar conhecidos pela maioria do eleitorado e ganharam fôlego para o último mês antes da votação.

O caso mais expressivo é o de Geraldo Julio (PSB) em Recife, que ganhou 22 pontos percentuais nas intenções de voto entre julho e agosto. Hoje líder ao lado de Humberto Costa (PT), ele era conhecido por apenas 34% do eleitorado há um mês e meio.

Na pesquisa divulgada nesta semana, o índice de eleitores que sabem quem ele é passou para 74%.

O papel do rádio e da TV é decisivo: sua propaganda ocupa 12min38s dos 30 minutos do horário político, com participação recorrente de seu padrinho, o governador Eduardo Campos (PSB).

Em São Paulo, situação parecida aconteceu com o petista Fernando Haddad. Em julho, só 55% afirmavam que o conheciam. Agora, após os primeiros programas, o índice passou para 75%. Sua intenção de voto dobrou no período -agora está com 14%.

O diretor do Datafolha, Mauro Paulino, diz que o potencial da televisão é impulsionado quando partidos usam a "transferência de prestígio" de um político consagrado a uma candidatura em formação.

Em Porto Alegre, Adão Villaverde, detentor do segundo maior tempo de TV, era conhecido por apenas 38% dos eleitores em julho.

Ele exibiu em diversas ocasiões o governador Tarso Genro (PT), além de sempre mencionar a presidente Dilma Rousseff. Agora, 69% disseram ao Datafolha saber quem ele é. Suas intenções de votos passaram de 3% para 7%.

Mas o fator TV não foi suficiente para derrubar Ratinho Júnior (PSC), em Curitiba, e Celso Russomanno (PRB), de São Paulo. Eles estão na frente, mesmo com menos de quatro minutos no horário eleitoral, tempo bem inferior ao de adversários.

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