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Análise Com empatia, candidato do PRB supera o modelo Collor NELSON DE SÁDE SÃO PAULO À primeira vista, Celso Russomanno e seu marqueteiro, Ricardo Bérgamo, parecem até concordar com o paralelo com Fernando Collor. Um de seus curtos programas -e os de Collor também eram- chegou a lançar o nome do candidato na tela com "nn" coloridos, um verde, outro azul. Collor e o marqueteiro Chico Santa Rita, como se sabe, lançaram em 1989 os "ll" em verde e amarelo. Mas os protagonistas são diferentes. Collor, com ira divina, empunhava o estandarte da vingança. Russomanno promete conciliação e justiça, soa ponderado, agradável até. De cara, ecoou em sua propaganda o bordão que vem desde o programa "Aqui Agora", quando ele dizia resolver conflitos com soluções razoáveis para "ambas as partes". A novidade é que agora ele quer agradar a todas as partes. Por exemplo, declara que "táxi também é um transporte coletivo", portanto, "também deve ser subsidiado". Aliás, "vamos ver de que forma atender a todos os segmentos", como os caminhoneiros, também "transporte coletivo", pois "transportam cheios de mercadoria". Aliás, "sabe quem fez a lei do Dia do Caminhoneiro? Eu". A lista de promessas é apresentada em meio às pessoas mais pobres, em cenas gravadas de madrugada em pontos de ônibus ou escolas, como Russomanno fazia no SBT e na própria Record. Conversa com elas, dialoga, enquanto a locução bate que é "homem do povo que defende as pessoas", "que fala língua que eu entendo". Mas com tão pouco tempo, se comparado a Serra e Haddad, sua ascensão não se explica só por propaganda. O presidente do PRB, Marcos Pereira, ex-vice-presidente da Record, tem uma explicação melhor, que supostamente ouviu de Lula: para ter chances, um candidato precisa de partido forte, muito dinheiro ou rede de televisão. Com dois, já dá para vencer. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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