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Gasto federal com anúncios dispara perto das eleições Governo pagou mais publicidade em julho do que na soma de abril a junho Verba para propaganda no meio deste ano é o dobro do mesmo período de 2011; Secom nega fim eleitoral BRENO COSTALEANDRO COLON DE BRASÍLIA O início do período eleitoral marcou um aumento no volume de pagamentos de verbas de propaganda para veículos de comunicação pela Presidência da República. Em julho, R$ 16,2 milhões foram pagos a jornais, rádios, TVs e sites pela Secom (Secretaria de Comunicação Social), órgão vinculado à Presidência e responsável pela maior fatia da publicidade da administração direta -estatais não entram nessa conta. De abril a junho, foram repassados, ao todo, R$ 13,4 milhões para veículos de comunicação -em três meses somados, portanto, os gastos foram menores do que os registrados apenas em julho. O valor é ainda o dobro do verificado em julho de 2011: R$ 8,1 milhões. Esse montante representa a média dos desembolsos mensais da Secom ao longo dos 19 meses do governo Dilma Rousseff. O levantamento foi feito pela Folha com dados da Secom. Como o governo se recusa a fornecer a série histórica, não foi possível comparar com gestões anteriores. O governo nega fins eleitorais e diz que o aumento ocorreu devido à necessidade de publicidade de programas federais, como o Brasil Carinhoso -projeto para famílias carentes lançado em maio. Candidatos alinhados ao Planalto e mensagens gravadas pela presidente Dilma para apoiá-los têm enfatizado que a aliança favorecerá a implementação de programas federais nas cidades. MAIOR ALCANCE Neste ano, também aumentou a pulverização das verbas publicitárias. A propaganda oficial alcança número maior de municípios e veículos de comunicação. Entre janeiro e julho de 2011, ano não eleitoral, o dinheiro da Secom chegou a 1.285 veículos. No mesmo período deste ano, chegou a 2.391 -crescimento de 86%. A legislação não impede a propaganda de programas do governo nos meses eleitorais. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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