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Prefeitos de capitais encaram problemas na corrida à reeleição Dos oito que tentam novo mandato, metade são ex-vices que assumiram gestão no meio do caminho Os maiores obstáculos aos candidatos da situação estão em Curitiba, São Luís, Macapá e Teresina FELIPE BÄCHTOLDDE PORTO ALEGRE Apesar do favoritismo, parte dos oito prefeitos de capitais que disputam a reeleição neste ano vêm encontrando dificuldades para conseguir mais um mandato a partir de domingo. O retrospecto é amplamente favorável -em 2008, 19 dos 20 prefeitos-candidatos renovaram os mandatos nas capitais-, mas em metade dessas cidades concorrem ex-vices que assumiram em 2010 com a renúncia dos titulares. São nomes que disputam pela primeira vez uma eleição dessa importância. Em Curitiba, o prefeito Luciano Ducci (PSB), no cargo há dois anos, não lidera as pesquisas. Com 25% das intenções de voto, segundo a última pesquisa Datafolha, ele tem o governador Beto Richa (PSDB) como seu principal cabo eleitoral, mas está sete pontos percentuais atrás do líder da disputa, Ratinho Júnior (PSC), que tem 32%. Situação de dificuldade vive também o prefeito de São Luís, o tucano João Castelo. Ele conta com dois problemas principais: o primeiro é que seu tempo de propaganda na TV representa apenas um terço do destinado ao petista Washington Luiz. O adversário tem em seu bloco de apoio o grupo político do senador José Sarney (PMDB) e até o DEM, rival do PT na esfera nacional. Ainda assim, o PT não é o principal rival do tucano. Pesquisa do Ibope indica o candidato do PTC, Edivaldo Holanda, empatado tecnicamente com ele na liderança. ACUSAÇÃO Macapá (AP) também deve ter segundo turno com um prefeito que tenta a reeleição. Roberto Góes (PDT) tem como desvantagem a repercussão de sua prisão pela Polícia Federal em 2010 sob acusação de fraude em licitação. O candidato do PSOL, Clécio Vieira, cresceu na campanha e está em segundo. Em Belo Horizonte, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) está na frente, conta com o apoio do ex-governador Aécio Neves (PSDB), mas tem enfrentado a campanha ostensiva do ex-presidente Lula e de Dilma Rousseff pelo rival, Patrus Ananias (PT). Segundo o Datafolha, Lacerda tinha na semana passada 45% das intenções de voto contra 32% do petista. No cargo há dois anos e meio, o prefeito de Teresina, Elmano Férrer (PTB), tem como concorrente na campanha o PSDB, partido pelo qual se elegeu vice em 2008. Na última pesquisa do Ibope, Férrer estava em empate técnico com o tucano Firmino Filho -27% contra 32%. Para o candidato do PTB, seu desempenho tem sido muito bom. "Às vezes todos [os adversários] se viram contra o prefeito", diz. CÉU DE BRIGADEIRO Para três prefeitos de capital, a eleição tem sido mais tranquila. José Fortunati (PDT) descolou-se de Manuela D'Ávila (PC do B) em Porto Alegre e hoje tem chance de vencer no primeiro turno. Eduardo Paes (PMDB), no Rio, e Paulo Garcia (PT), em Goiânia, sempre estiveram com ampla vantagem. O cientista político Alvaro Barreto, da Universidade Federal de Pelotas (RS), fez uma pesquisa que mostrou que 72,5% dos prefeitos que já foram candidatos à reeleição nas 62 maiores cidades do país venceram o pleito. Um dos fatores que fragilizam os prefeitos-candidatos, diz, é ter assumido o município no meio do mandato. Outros são escândalos e má avaliação da gestão. -
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