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Candidato em Campinas usa Alckmin para rebater rivais

Governador aparece em programa de TV para negar cobrança de pedágio

Participação ocorre depois de pesquisas mostrarem candidato do PT, afilhado de Lula, subindo dez pontos

MARÍLIA ROCHA
DE CAMPINAS

Após o PT subir nas pesquisas em Campinas, a campanha do líder na disputa Jonas Donizette (PSB) recorreu ontem ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para rebater um dos principais ataques de seus adversários.

O programa de TV de Doznizette mostrou Alckmin negando que o governo estadual vá introduzir pedágio urbano em Campinas.

"Nunca se tocou no assunto de pedágio urbano. Isso é coisa de véspera de eleição", afirmou o tucano. As declarações foram dadas em um evento na cidade no sábado e reproduzidas no programa.

Segundo Alckmin, ele precisava "desfazer uma injustiça" contra seu aliado.

Rivais usam o novo sistema de pedágio implantado pelo governo Alckmin para atacar o candidato do PSB.

A proposta, ainda em implementação, prevê um novo modelo de cobrança do motorista que passar pela rodovia que liga o aeroporto de Viracopos ao centro da cidade.

Donizette nega que isso seja um pedágio urbano. E defende que quem aderir ao novo sistema vai economizar.

A aparição do governador na TV ocorre três dias após pesquisa Ibope apontar queda de oito pontos do candidato do PSB em cerca de um mês, de 50% para 42% das intenções de voto.

O mesmo levantamento registrou crescimento de dez pontos, de 8% para 18%, de Marcio Pochmann (PT), que entrou em empate técnico no segundo lugar com o atual prefeito, Pedro Serafim (PDT), que tem 15%.

A campanha petista continua a explorar a participação do ex-presidente Lula, que bancou pessoalmente a indicação de Pochmann, um novato em eleições, e participou da campanha na cidade na última sexta-feira, um dia antes da ida de Alckmin.

O programa do PT exibiu fala de Lula atribuindo a Pochmann participação na criação do Bolsa Família -isso após adversários explorarem o tema na campanha, dizendo que o candidato mentira ao se relacionar ao programa.

O coordenador da campanha do PT, Renato Simões, disse que o partido vai tentar reforçar a polarização com Donizette para levar a eleição ao segundo turno, destacando os "projetos opostos".

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