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Mensalão - o julgamento Impacto na eleição seria 'salutar', diz procurador Roberto Gurgel afirma que 'as urnas' vão dizer se julgamento teve efeitos Procurador-geral volta a defender prisão rápida de réus e diz que recurso de deputado à OEA não tem resultado prático DE BRASÍLIAÀs vésperas do primeiro turno das eleições municipais, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou ontem que "seria bom" que o mensalão tivesse reflexo nas urnas que definirão os próximos prefeitos e vereadores no domingo. O julgamento do mensalão, que está no terceiro mês, condenou até agora 22 dos 37 réus do processo, parte deles do núcleo político ligado ao PT e a partidos da base aliada do governo federal, como o PP, o PR, o PTB e o PMDB. O STF (Supremo Tribunal Federal) já definiu que o mensalão foi um esquema de desvio de dinheiro público para a compra de apoio político nos primeiros anos do governo Lula (2003-2010). Os ministros analisam agora o envolvimento de integrantes da antiga cúpula do PT, entre eles o ex-ministro José Dirceu, no esquema -o deputado federal petista João Paulo Cunha é um dos que já foram condenados. "As urnas dirão se houve alguma repercussão [do julgamento do mensalão nas eleições]. A meu ver, seria bom que houvesse, seria salutar", disse Roberto Gurgel. Segundo pesquisa Datafolha divulgada no mês passado, apesar da grande repercussão no mundo político, 81% do eleitorado paulistano diz que não muda o voto por causa do julgamento. PRISÃO O procurador-geral da República voltou a defender a imediata prisão dos réus do mensalão condenados pelo STF. "De uma vez por todas, é preciso que, no Brasil, a lei valha para todos. Se o criminoso comum vai para a cadeia, é preciso que o colarinho branco também vá." Sobre um possível recurso dos condenados à OEA (Organização dos Estados Americanos), Gurgel diz que isso não tem resultado prático. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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