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PRB cobra recuo de Russomanno sobre tarifa proporcional Partido vê falha em promessa e pressiona candidato a prefeito a voltar atrás amanhã se for ao segundo turno Para aliados, tema foi responsável por queda nas pesquisas; saída seria dizer que estudos desaconselharam ideia BERNARDO MELLO FRANCODE SÃO PAULO A cúpula do PRB pressiona seu candidato a prefeito, Celso Russomanno, a desistir da promessa de mudar o valor do Bilhete Único paulistano e cobrar tarifas proporcionais ao trajeto percorrido. O partido considera que a proposta foi um erro e quer convencer o ex-deputado a anunciar um recuo amanhã, em entrevista coletiva, caso ele vá ao segundo turno. A ideia é encontrar um discurso para justificar um recuo. Uma hipótese é alegar que novos estudos técnicos teriam desaconselhado a mudança no sistema de tarifas. Integrantes do comando da campanha pretendiam debater o tema com Russomanno ontem à noite, a poucas horas da abertura das urnas. Para a direção do PRB, a proposta de fracionar a tarifa era bem intencionada, mas foi mal compreendida pela população, abriu uma brecha para ataques ao candidato e explica a forte queda de Russomanno nas pesquisas nas últimas duas semanas. O candidato se tornou alvo de uma onda de ataques iniciada por Fernando Haddad, do PT, que o acusou de desvirtuar o Bilhete Único e propor que os paulistanos mais pobres, que vivem longe do centro, paguem tarifas mais caras que os demais. O discurso embasou uma ofensiva para questionar o preparo de Russomanno e "desconstruir" sua imagem em anúncios na TV. O candidato do PRB contestou as críticas, insistiu na ideia e acusou Haddad de mentir ao dizer que ele aumentaria o valor da tarifa. Ele prometeu manter o teto do bilhete em R$ 3, com "desconto" para quem percorrer trajetos mais curtos, à base de subsídios. Russomanno demonstrou irritação e, nos últimos dias, levou ao ar um comercial em tom agressivo, no qual deu um murro na mesa e chamou Haddad de mentiroso. "Basta! Haddad é mentiroso quando diz que eu vou aumentar a tarifa. Vou reduzir a passagem dos ônibus", disse o candidato. Para a direção do PRB, a explicação não o surtiu efeito desejado e o PT conseguiu emplacar a ideia de que seu adversário seria contrário ao Bilhete Único. O coordenador da campanha de Haddad, Antonio Donato, diz que a polêmica foi uma arma eficaz para reduzir as intenções de voto no rival. "O Russomanno não parava de subir e de repente despencou. Foi como se a gente tivesse achado uma agulha para furar o balão dele." Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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