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Ministro de Dilma afirma que mensalão tirou votos de petistas Para Gilberto Carvalho, julgamento influenciou eleitores, mas o partido 'conseguiu sobreviver' Ele cita São Paulo como exemplo do efeito, mas diz que apoios de Dilma e Lula foram essenciais neutralizar o impacto BRENO COSTADE BRASÍLIA Contrariando a avaliação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) disse ontem que o mensalão atrapalhou o PT nas eleições, mas que o partido "conseguiu sobreviver a esse obstáculo". Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete de Lula (2003-2010), classificou o uso do julgamento por adversários como uma "saraivada". "É muito difícil termos opinião formada sobre isso [influência do mensalão na eleição]. Que houve um grau de interferência, é evidente." "Nas cidades do interior de São Paulo mais conservadoras, tivemos mais dificuldades. É evidente que em São Paulo [capital] isso teve o seu peso, mas é muito difícil quantificar", afirmou. Carvalho disse que Lula "minimizou" o impacto do caso nas eleições. Ao votar, o ex-presidente dissera que o povo estava mais interessado no possível rebaixamento do Palmeiras no Campeonato Brasileiro que no processo. O ministro, no entanto, disse que a participação de Lula e da presidente Dilma Rousseff na campanha, especialmente no caso de Fernando Haddad, foi fundamental para neutralizar um impacto ainda maior do mensalão. "É provável que nós tenhamos perdido votos ali, mas que não foram suficientes para tirar, por outro lado, aquilo que agregamos com essa forte presença do Lula e da presidente Dilma", afirmou Gilberto Carvalho. A respeito da participação de Dilma em palanques de aliados no segundo turno, Gilberto Carvalho afirma que isso não está decidido. Ele diz que Dilma manterá "muita cautela", para não melindrar partidos da base do governo. Carvalho diz acreditar num eventual apoio de Celso Russomanno (PRB) a Fernando Haddad em São Paulo, apesar da troca de críticas do primeiro turno. "Se o Haddad tivesse sido ofensivo ao Russomanno, era diferente", disse o ministro. -
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