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Eleições 2012 PMDB anunciará apoio de Chalita a Haddad Partidos já negociam cargos na prefeitura em caso de vitória; PRB de Russomanno resiste a selar acordo Peemedebistas selaram aliança em encontro de Lula e Temer; Chalita deve anunciar adesão hoje em ato com petista DE SÃO PAULOO ex-presidente Lula e o vice-presidente Michel Temer fecharam ontem o apoio do PMDB ao candidato do PT, Fernando Haddad, no segundo turno da disputa pela Prefeitura de São Paulo. Os petistas se comprometeram, em caso de vitória, a dar ao partido aliado um espaço na prefeitura semelhante ao que os peemedebistas têm hoje em Brasília. O partido controla cinco pastas no governo Dilma Rousseff. A aliança deve ser anunciada hoje em ato com as presenças de Haddad e do candidato derrotado do PMDB, Gabriel Chalita, que ficou em quarto lugar na eleição com 13,6% dos votos válidos. O PRB de Celso Russomanno, que ficou em terceiro com 21,6% dos votos, ainda resiste a aderir a Haddad. Dirigentes dos dois partidos se reuniram ontem à noite, mas não fecharam acordo. A aliança com o PMDB foi selada ontem de manhã em reunião na casa de Temer, no Alto de Pinheiros (zona oeste). Além da entrega de secretarias municipais, foi negociada a participação de vereadores da sigla em subprefeituras caso Haddad se eleja. O PMDB também cobrou apoio petista em Natal e Florianópolis, onde tem candidatos no segundo turno. O partido ainda pediu a incorporação de cinco pontos do programa de Chalita à plataforma de Haddad, incluindo a implantação das UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento) no setor de saúde. "Nossa aproximação vai ser com base em propostas. Chalita defendeu a questão das UPAs, da educação integral, e nós vamos estudar essas questões", disse Haddad. A exigência foi feita pelo candidato derrotado do PMDB para justificar a aliança à sua base eleitoral. Ele temia que seus aliados ligados à Igreja Católica rejeitassem um acordo por causa da cartilha anti-homofobia elaborada para o Ministério da Educação na gestão de Haddad. O material foi apelidado de "kit gay" e gerou forte reação no meio religioso. O tema atrasou o acordo com o PMDB, previsto inicialmente para domingo. O comando da campanha também evitou um anúncio ontem para que a aliança não desaparecesse em meio ao noticiário sobre a condenação do ex-ministro José Dirceu por corrupção ativa no julgamento do mensalão. A aliança começou a ser costurada anteontem em encontro entre Temer e Dilma. Ela pediu que a negociação fosse conduzida com Lula. RUSSOMANNO Antes da reunião com o PRB, o secretário-geral do PT, Elói Pietá, disse à Folha que Dilma não dará outro ministério ao partido em troca de apoio a Haddad. "Se ela não deu um ministério ao PR no primeiro turno, não tem por que dar ao PRB no segundo." Em junho, Dilma rejeitou trocar o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, para atrair o PR. A sigla encerrou a negociação e deu apoio a José Serra (PSDB). A presidente, no entanto, fez duas mudanças em sua equipe para ajudar Haddad. Entregou uma secretaria do Ministério das Cidades ao ex-prefeito Paulo Maluf (PP) e deu o Ministério da Cultura à senadora Marta Suplicy. "Não pedi e não pedirei espaço no governo", disse à noite o presidente do PRB, Marcos Pereira. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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