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Alexandra Moraes O duelo dos Melhores Contra ataques, Haddad franze o cenho e solta o verbo, e Serra dá bronca professoral OS AUTOPROCLAMADOS Melhor Ministro da Saúde que o Brasil Já Teve e Melhor Ministro da Educação que o Brasil Já Teve se batem pela televisão. Fernando Haddad (PT), o da Educação, havia retornado ao horário político, na segunda, vestindo branco e caminhando sorridente por São Paulo, guiado pelas pesquisas que já indicavam vantagem sobre José Serra (PSDB). Por onde passava, deixava um vasto rastro vermelho-petista. Era a mudança chegando, de acordo com a propaganda. Na hora de atacar, falou em "políticos de meio mandato e meio expediente". Não deu nomes e deixou para seu ator loirinho boa-pinta fazer referências a "quem não tem compromisso com a verdade". Pouco minutos antes, porém, Serra, o da Saúde, havia se vestido com o cinza da gravidade e jogado o mensalão no ventilador -pessoalmente. Ao mesmo tempo, fora dos domínios do horário político, davam rasantes sobre os dois candidatos as cartilhas-bumerangue antipreconceito das quais ambos cuidaram no passado. Calvas e cabeleiras se ressentiram. No programa noturno de terça, foi a vez de Haddad fazer sua investida mais direta. Realizou o equivalente àquele "basta, Haddad" acompanhado por tapa na mesa que Celso Russomanno desferiu no primeiro turno. "Serra não tem o menor respeito pelos fatos", vociferou, rouco, contra ataques à sua performance ministerial. Franziu o cenho, apertou os olhos puxados, prendeu o bico, soltou o verbo. Chamou o tucano pelo nome e usou o vocativo, dirigindo-se a ele diretamente: Ei, Serra, era com você mesmo que eu estava falando. Já Serra, ainda de cinza-grave, tentava explicar a implicância do PT com as OSS (Organizações Sociais de Saúde). Para isso, ao redor dos olhos bem abertos, sobrancelhas e mãos subiam e desciam com ar didático. À maneira de um professor ligeiramente bravo, disse que os petistas ricos usam os melhores hospitais, mas querem vedar a parceria destas instituições com unidades públicas. "Fazem politicagem com assunto sério." Talvez aí tenha faltado "OS" para dar sentido completo ao que tem sido o debate: "Fazemos (todos) politicagem com assunto sério". Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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