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Salvador decide se dá sobrevida ao DEM ou consolida o PT na cidade Vitória de ACM Neto impede esvaziamento da sigla; Pelegrino tem apoio de governador e Dilma Última pesquisa mostra democrata dez pontos à frente do petista; no 1º turno, disputa foi a mais apertada entre capitais NELSON BARROS NETODE SALVADOR FÁBIO GUIBU ENVIADO ESPECIAL A SALVADOR Terceiro maior colégio eleitoral do país, Salvador vai hoje às urnas para definir a sobrevida do DEM de ACM Neto, 33, e até que ponto se convenceu do discurso do "alinhamento em dose tripla" do PT de Nelson Pelegrino, 51. O partido pregou na campanha ser impossível governar a cidade, dona da segunda pior receita per capita entre as capitais, sem a "parceria com o time de Lula": o governador Jaques Wagner e a presidente Dilma Rousseff. Num comício na cidade, Dilma falou na "obrigação" de ganhar essa eleição. Apesar disso, é ACM Neto quem figura como favorito após pesquisa Ibope divulgada ontem apontá-lo dez pontos à frente (votos válidos). No primeiro turno, o mais acirrado das capitais, Pelegrino acabou com 39,73% dos votos, contra 40,17% do rival. Se vencer, ACM Neto impedirá o esvaziamento nacional do DEM e uma possível ida para o PSDB do senador Aécio Neves (MG), que já mira o candidato como peça-chave em sua trajetória para a disputa presidencial em 2014. Mesmo recauchutado há cinco anos, quando mudou o nome para Democratas, o antigo PFL vê no neto do senador Antonio Carlos Magalhães (1927-2007) a chance de não se tornar o grande derrotado da eleição municipal. A sigla, que hoje só tem um governador (Rio Grande do Norte) e um prefeito de capital (Aracaju), ganhou mais de mil cidades em 2000 e ficou na vice-liderança do ranking do país. Agora, com menos de 300 prefeituras, está em nono. Também perdeu o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que criou o PSD. ACM Neto, que nega ser "a esperança" do partido, viu 3 dos 4 concorrentes derrotados no primeiro turno apoiarem Pelegrino. E o outro candidato se declarou neutro. Para enfrentar as visitas de Lula e Dilma ao candidato do PT, fechou aliança com o PMDB local. "Mantenho minha tese de que Salvador pode andar com as próprias pernas. Mas lógico que vou usar a vinda do maior partido do Brasil, que tem o vice-presidente, para construir uma ponte com o governo." Outra aposta foi no aumento de sua presença na TV: de um terço do tempo do oponente para um tempo igual. Como pano de fundo, a busca pelos eleitores dos bairros mais pobres, reduto de Pelegrino, que passou a buscar as áreas nobres. "Ao contrário dele, nós olhamos para a cidade inteira", afirma o petista. Ambos tentaram se afastar do atual prefeito João Henrique (PP), com 75% de rejeição. -
20%
"Com bons projetos, o prefeito não será perse-guido pela presidente nem pelo governador
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